Há 50 anos no mercado – embora apenas há quatro em Portugal – a marca alemã de alimentação natural para cães utiliza carne de animais produzidos em quintas ao ar livre e confeciona as rações a uma temperatura máxima de 45°, usando o sistema de prensagem em vez de extrusão. Pelo que “os ingredientes são mesmo naturais e frescos, sem OGM e o processo preserva a sua qualidade natural”, assegura o representante da Luposan no nosso país.
“Este é o futuro da alimentação natural para animais de companhia, não tenho qualquer dúvida”, defende Fernando Teixeira que representa a Luposan em Portugal. A empresa alemã Markus Mühle (nome do dono do grupo na Alemanha) existe há mais de 50 anos e tem uma fábrica sustentável numa zona rural. Além da marca com o nome da empresa e do fundador, criou mais recentemente a Lupo Natural e a Luposan, esta “com receitas mais adaptadas às necessidades dos cães do sul da Europa”, salienta o responsável.
Um dos estudos internacionais que consultámos, norte-americano, que analisa o quanto ‘naturais’ podem ser estas dietas, refere que “cada etapa do processo de produção do alimento do animal de estimação pode positivamente ou negativamente afetar o quanto ‘natural’ é o produto final, incluindo a produção dos ingredientes ou animais, a forma de processar e preservar os ingredientes, e a extrusão ou enlatar do produto final”.
Animais de quintas e forma única de confeção
Assim faz sentido que, quando perguntamos a Fernando Teixeira quais as principais diferenças entre a Luposan e as outras rações premium normais/não naturais do mercado, responda que “a nossa fábrica na Alemanha é totalmente sustentável, usando energia hidroelétrica que move as mós que prensam os croquetes, cujos ingredientes são principalmente carne fresca proveniente de animais criados ao ar livre em quintas na Alemanha e Suíça, que não ingerem substâncias de crescimento rápido, nem OGM”, acrescentando que “os vegetais e outros ingredientes são também naturais, livres de OGM, e os alimentos são todos confecionados entre os 38° e os 45°, sendo a única empresa na Europa, e talvez no mundo, que usa este sistema com prensagem a frio e não extrusão (que obriga os alimentos a passarem por temperaturas elevadíssimas para lhes retirar a humidade”.
No caso da Luposan, Fernando Teixeira diz ainda à VETERINÁRIA ATUAL que “os alimentos ficam assim mais frescos, pelo que os nossos produtos até têm um prazo de validade muito inferior ao habitual no mercado, o que nos obriga a uma criteriosa gestão de stocks, mas estamos convictos que é a melhor alimentação para os cães”.
As rações da Luposan têm um teor mínimo de 25% de proteína animal, que o responsável garante “ser perfeitamente suficiente para as necessidades dos animais porque sendo naturais, os níveis de digestibilidade e metabolização são muito maiores que os das rações com subprodutos e aditivos”.
Produto mais pesado, com mais humidade
O processo de fabrico da Luposan (marcas Luposan, Mark Mühle e Lupo Natural) leva também a que os croquetes não sejam uniformes, por serem prensados e sejam mais pesados por terem mais humidade. “Assim, os animais precisam de comer menos quantidade que das outras rações para comerem o mesmo peso de ração”, explica Fernando Teixeira, pelo que os donos também poupam.
Outra das vantagens apontadas pelo representante da marca em Portugal é que “a nossa ração não incha no estômago do cão, pelo que é metabolizada mais rapidamente”. Fernando Teixeira está convicto que esta tendência veio para ficar, dando como exemplo o crescimento da empresa em Portugal: “todos os anos temos progredido e nos últimos dois anos o crescimento foi de 35 a 40%. Em 2012, quando começámos, a nossa faturação foi de 80 mil euros e para este ano prevemos uma faturação a rondar os 500 mil euros”.
Sobre o preço das rações Luposan, o responsável refere que é muito competitivo, “sendo até mais baixo que algumas das rações premium ‘normais’ do mercado, porque também temos sacos de 20kg, por exemplo, que saem sempre mais em conta”.