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Cientistas defendem maior participação no programa que fura o fundo do mar

Cientistas defendem maior participação no programa que fura o fundo do mar

Uma equipa de investigadores portugueses considera insuficiente a participação portuguesa no Programa de Perfuração dos Fundos Oceânicos. Com o objectivo de alterar esta situação, segundo o “Público”, os cientistas vão propor ao Ministério da Ciência que suba a sua dotação para os 150 mil dólares (96,6 mil euros).

«Queremos aumentar a nossa quota, para permitir cerca de 1,5 investigadores de três em três anos», defende a paleoceanógrafa Fátima Abrantes, delegada portuguesa no comité científico do consórcio europeu para a perfuração dos fundos oceânicos (ECORD).
A actual participação – uma quota anual de 90 mil dólares (perto de 58 mil euros) – permite que um cientista português, de quatro em quatro anos, possa participar nas campanhas no mar para furar o fundo oceânico.<br>
Quando Portugal aderiu ao programa, em 1997, foi prometido que a partir de 2008 o país aumentaria a quota anual para 144 mil dólares (92,7 mil euros).
Agora, os investigadores pretendem que essa promessa seja cumprida e, ainda, que cresça um pouco mais.
Além de Fátima Abrantes, do Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação, a proposta foi organizada pelos geólogos Luís Pinheiro, da Universidade de Aveiro, e Fernando Barriga, delegado português no conselho do ECORD.
Iniciado nos anos 60, este programa de investigação pretende reconstituir a história da Terra ao longo de milhões de anos, através de amostras de rochas e sedimentos trazidos de enormes profundidades do subsolo marinho.
A deriva dos continentes e a expansão dos fundos oceânicos, as alterações do clima e do nível do mar e a evolução da vida são alguns dos estudos tornados possíveis por aquelas amostras.
Portugal participa através daquele consórcio europeu, que inclui 16 países europeus mais o Canadá, no programa internacional, recentemente remodelado para Programa Integrado de Perfuração dos Fundos Oceânicos (IODP).

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