É no Irão que habitam as últimas chitas asiáticas, entre 60 a 100 exemplares da espécie no mundo. «Este é um caso urgente de preservação das chitas que transcende diferenças políticas», afirmou Luke Hunter, director-executivo da Panthera, uma organização não governamental norte-americana, citado pela Reuters.
O australiano Luke Hunter acredita que «tanto os iranianos como os norte-americanos têm consciência de que não se pode permitir que as políticas afectem as chitas. Se o fizermos, podemos perdê-las», acrescentou.
Oficiais iranianos exprimem opiniões semelhantes. «Valorizo todas as pessoas que trabalham na preservação e na protecção da vida selvagem», afirmou Ali Akhbar Karimi, um veterano do departamento do Meio Ambiente do Irão, na província de Yazd.
Antes da primeira metade do século XX, o Irão acolhia quatro espécies felinas: leões, tigres, leopardos e chitas. Presentemente, apenas as duas últimas habitam a paisagem árida e montanhosa do Irão.
Naquele país, as chitas asiáticas correm perigo de extinção, sobretudo devido ao aumento populacional e à escassez de recursos para protegê-las.
«Precisamos de agir rapidamente para salvá-las» alertou o biólogo iraniano, Houman Jowkar, também director da Wildlife Conservation Society (WCS), em Yazd. «Elas são um tesouro nacional», lembrou.
Chita asiática: Organizações de protecção animal unem-se para proteger espécie em extinção
Apesar da tensão política entre os Estados Unidos e o Irão, grupos de preservação animal do Reino Unido e dos Estados Unidos estão a promover uma campanha lançada pelo Departamento do Meio Ambiente do Irão (DoE) e pelo Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PDNA) que visa proteger as chitas asiáticas, uma espécie em vias de extinção.