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Centro Hospitalar Veterinário entra em nova fase de investimento e aposta na consolidação dos serviços

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Há quatro anos no mercado, o Centro Hospitalar Veterinário (CHV), na cidade do Porto, além de ter garantido o retorno do investimento inicial, já entrou numa segunda “onda” de expansão. Aumentaram fisicamente a clínica, vão apostar em mais uma sala de cirurgia e um espaço para internamento de gatos mais amplo. Quanto aos serviços disponíveis, André Pereira, sócio fundador e diretor clínico, garante que os próximos tempos são de consolidação.

Há quatro anos que o Centro Hospitalar Veterinário se instalou em plena zona industrial do Porto. Um projeto que não tendo nascido propriamente no auge de uma auspiciosa economia, conseguiu encontrar um ponto de equilíbrio que lhe permite, hoje, ter em curso uma nova onda de investimentos. Para isso em muito terá contribuído o facto de os quatros sócios-fundadores, quando partiram para esta aventura, terem mais de uma década de experiência no mercado. “Já estávamos habituados a trabalhar juntos e tínhamos a expectativa de encontrar o nosso espaço no mercado”, explicou André Pereira, sócio fundador e diretor clínico do Centro Hospitalar Veterinário.

 

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E, pelos vistos, conseguiram. “A nossa ideia era termos uma equipa de médicos veterinários seniores com o único propósito de nos focarmos nos pacientes e nos seus donos. Isto além de, tecnicamente, estarmos cada um em áreas distintas e com um grau de especialização avançado”. Imagiologia, cirurgia, oncologia, dermatologia, anestesia e cuidados intensivos foram, na altura, os trunfos que tinham na manga.

 

E apesar deste período economicamente menos favorável, o diretor clínico admite não terem sentido um impacto muito forte, apesar de confirmar que as questões ligadas à rotina dos animais ficaram, efetivamente, para segundo plano. “Mas quando o animal está doente, está em risco de vida, o fator financeiro não é o que mais pesa. É óbvio que muitas vezes pedem condições especiais para pagar, ou para pagar em mais tempo, mas nós vamos ajudando as pessoas, dentro das nossas possibilidades”.

Investimento em TAC

 

Hoje, a empresa cresceu. Em número de colaboradores, em metros quadrados, em estruturas e em meios disponibilizados. Em maio, adquiriram um equipamento de Tomografia Axial Computadorizada (TAC) que, além de servir as necessidades internas do Centro Hospitalar Veterinário, é igualmente utilizado por colegas veterinários. “Fui a primeira pessoa a fazer TAC de forma permanente a norte do país, na altura no Hospital Veterinário do Porto, isto em 2007. Quando montamos o nosso projeto, continuamos a utilizar uma máquina, mas alugada. E já fazíamos para nós e para outros colegas que não tinham equipamento. Por isso, quando surgiu a oportunidade de fazermos este investimento, tínhamos a expectativa de que o nosso volume de casos, tendo aqui a máquina, iria aumentar de forma considerável, o que de resto se está a verificar, tornando a máquina rentável”. André Pereira diz que aumentou quer o nível dos exames internos, quer de referência.

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Mas é possível rentabilizar equipamentos destes apenas com casos internos? O diretor clínico admite que depende. “Nós estamos tão habituados a trabalhar com a máquina que vemos aplicações muito frequentes. Ou seja, é possível que dentro de algum tempo consigamos ter uma máquina praticamente para uso interno, mas agora ainda não”. Esta tendência está intimamente ligada ao facto das próprias máquinas terem registado uma grande evolução. “A máquina que temos neste momento é de elevada velocidade e de grande definição, o que nos permite aplicar a outras áreas. Permite estudos de angiografia. Não falamos já de estudos convencionais, basicamente estudos vasculares com o TAC, mas permite fazer TAC de pesquisa de metástases de corpo inteiro do animal, exames abdominais, torácicos… um número imenso de exames”.

Ganhar a confiança dos pares

Atualmente, a equipa é composta por dez veterinários e dez enfermeiros e, em termos de serviços, há alguns que antes eram feitos fora e que agora têm direito a serem realizados dentro de portas, como é o caso da ecografia cardíaca ou ortopedia, que estão inseridos nos serviços permanentes deste hospital. “Aliás, neste momento em muitos serviços trabalhamos de duas formas: para o cliente final, mas cada vez mais para os nossos colegas. Conseguimos ganhar a confiança dos nossos pares, que nos vão enviando casos. Não trabalhamos bem para eles, mas com eles”.

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André Pereira fez questão de explicar que nos casos que são referenciados por colegas há um extremo cuidado para que o animal seja reenviado para a clínica de onde veio. “Trabalhamos em conjunto e só assim faz sentido. Além de que já percebemos que o cliente só fica satisfeito e mesmo descansado quando nota que há um trabalho em conjunto. Não somos melhores, somos complementares”.

Próximo passo é consolidar

A próxima meta é “simples”: consolidação dos serviços oferecidos. “Temos neste momento as principais áreas da veterinária cobertas. O que queremos, isso sim, é torna-las cada vez mais fortes”. A curto prazo pretendem ter uma segunda sala de cirurgia, “porque temos muitas cirurgias prolongadas e complexas, o que nos atrasa e impossibilita outros procedimentos. Daí que achamos essencial uma segunda sala”.

Está ainda prevista a ampliação da sala de internamentos de gatos, tornando o espaço mais “cat friendly” ou “amiga dos gatos”.

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Da mesma forma, a equipa não deverá crescer, pelo menos ao ritmo de crescimento dos últimos quatro anos, mas “queremos que fiquem mais consistentes e ofereçam um melhor serviço. Ou seja, não queremos mais serviços. Queremos efetivamente melhorar os serviços que já temos disponíveis”.

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André Pereira, sócio fundador e diretor clínico do Centro Hospitalar Veterinário

Uma sala de espera cheia…

Aquando da visita da VETERINÁRIA ATUAL ao Centro Hospitalar Veterinário, uma das situações que nos chamou mais à atenção foi o facto da sala de espera estar permanentemente ocupada com três e quatro animais à espera de consulta, sobretudo num espaço veterinário aberto 24 horas por dia. André Pereira explicou que, de facto, o serviço de urgência assume particular relevância no projeto.

“Temos muito trabalho de urgência, quer em consultas, quer com animais críticos internados”. Quanto a “picos” de trabalho, o diretor clínico admite que no verão acaba por ser mais notório dado que o número de clínicas que fecha para período de férias ser significativo, sendo que o Centro Hospitalar Veterinário está aberto todos os 365 dias do ano.

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