A Federação Cinológica Internacional (FCI) reconheceu o cão de gado transmontano como raça internacional. De acordo com um estudo da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, de 2016, a raça autóctone é componente integrante da história de Trás-os-Montes e acompanha os pastores do local há mais de dez mil anos.
“Este passo é muito importante porque todo o processo é muito difícil”, referiu Pedro Moura, presidente da Assembleia-Geral da Associação de Criadores de Cão de Gado Transmontano, citado pela publicação A Voz de Trás-os-Montes.
“É necessário cumprir uma série de requisitos, desde o perfil genético dos exemplares, à realização de vários exames como o despiste da displasia da anca, para conseguirmos que reconhecessem a raça”, acrescentou Pedro Moura.
O reconhecimento internacional da raça é provisório, sendo necessário que, nos próximos dez anos, o número de exemplares se mantenha, bem como a sua qualidade. “Se isso se mantiver, daqui a dez anos, a raça passa a ser reconhecida definitivamente”, explica o presidente da assembleia.
De acordo com os registos, na região existem entre 2000 e 3000 exemplares de cão de gado transmontano.