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Califórnia: Universidade disponibiliza transplantes de medula óssea em cães

Califórnia: Universidade disponibiliza transplantes de medula óssea em cães

Os cães que sofrem de linfoma podem agora receber o mesmo tipo de tratamento médico que os humanos. A North Carolina State University tornou-se recentemente a primeira universidade nos Estados Unidos a oferecer transplantes de medula óssea em cães.

Steven Suter, professor assistente de Oncologia no NC State’s College of Veterinary Medicine, recebeu três máquinas de leucoferese, doadas pela Mayo Clinic, e que estão desenhadas para armazenar as células estaminais de pacientes oncológicos.
Segundo o “NewsWise”, estes aparelhos são utilizados em conjunto com a quimioterapia para colher as células estaminais que abandonaram a medula óssea do paciente e penetraram na circulação sanguínea.
As células livres de cancro que foram colhidas são posteriormente reintroduzidas nos pacientes, após uma radiação corporal que é usada para destruir todos resíduos cancerígenos perdidos no organismo.
As máquinas, uma vez usadas em pacientes humanos, servem agora para uso canino, sem necessidade de modificação, isto porque os protocolos de terapia de medula óssea foram originariamente desenvolvidos através do uso de cães.
«Não é uma nova tecnologia, é apenas uma nova aplicação de uma tecnologia já existente», clarificou Suter. «Os médicos têm vindo a tratar pacientes humanos com recurso ao transplante da medula óssea durante anos, e têm-se efectuado transplantes em pacientes caninos há cerca de duas décadas, mas nunca foi exequível enquanto terapia padrão até agora», acrescentou.
O linfoma canino é um dos tipos de cancro mais comuns nas espécies caninas, sendo a taxa de sobrevivência com os existentes tratamentos extremamente baixa.
O transplante de células estaminais, realizado conjuntamente com a quimioterapia, aumentou consideravelmente as taxas de sobrevivência humanas, e espera-se que o mesmo aconteça nos cães.
«Sabemos que os cães que receberam transplantes de medula óssea apresentaram uma taxa de sobrevivência de, no mínimo, 30% em comparação com os 0 a 2% nos cães que não receberam transplante», disse Suter.
«O processo em si é indolor para os cães – a única coisa que perdem é um pouco de calor corporal no momento em que as células estão a ser colhidas», concluiu.

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