Um grupo de investigadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) identificou o gene mcr-1 numa estirpe da bactéria Escherichia coli isolada em animais de produção e resistente a Colistina (polimixina E), um dos antibióticos mais poderosos e considerado o último recurso no tratamento de infeções.
“A aparição desse gene no Brasil pode contribuir para o surgimento de bactérias totalmente resistentes aos antibióticos, com risco de enfrentarmos uma situação semelhante ao que foi a era pré-antibiótica, quando doenças comuns, como uma infeção urinária ou um ferimento profundo na pele, levavam facilmente a óbito”, lembra Nilton Lincopan, responsável pela investigação que levou a esta descoberta.
Recentemente, já havia sido detetada nos Estados Unidos da América esta ‘superbactéria’ resistente aos antibióticos de último recurso. A resistência aos antibióticos tem sido muito debatida pela comunidade científica nos últimos anos, sobretudo no campo da medicina veterinária, já que os antibióticos são frequentemente utilizados na produção de animais para manter a sua saúde e produtividade.
