A rápida intervenção dos médicos veterinários durante o incêndio que no início do mês devastou a serra de Monchique permitiu salvar muitos animais feridos que precisavam de cuidados urgentes. Quem o diz é o bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários (OMV), Jorge Cid, que em entrevista à Lusa sublinha que durante o incêndio de Monchique a situação esteve “muito mais controlada” do que durante o incêndio em Pedrógão Grande, em 2017.
Jorge Cid defende que “houve uma prevenção maior e uma articulação perfeita entre as várias entidades, os médicos veterinários foram imediatamente para o terreno e conseguiram rapidamente minorar o problema”.
O bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários refere que houve relatos de animais selvagens que foram tratados pelas equipas de veterinários no terreno, nomeadamente alguns javalis bebés e uma raposa que tiveram de ser tratados e alimentados à mão devido a problemas de queimaduras e inalação de fumos.
Para além disso, houve pelo menos 60 animais de companhia que precisaram de tratamento médico-veterinário, apoio esse que foi prestado pelos veterinários municipais e por veterinários de clínicas e hospitais privados. “Quero sublinhar o grande esforço dos médicos veterinários na zona, sobretudo os municipais, e outros, das clínicas e hospitais privados, que receberam os animais e os trataram”, afirma ainda Jorge Cid.