O alerta é dado pelo Conselho de Parasitologia em Animais de Companhia dos EUA: a prevalência de doenças parasitárias como, por exemplo, a doença de Lyme, está a crescer devido ao aumento das temperaturas globais do planeta.
Já vários estudos tinham conseguido demonstrar que as alterações climáticas e o aumento das temperaturas, em particular, poderiam estar a despoletar algumas doenças parasitárias transmitidas por vetores, como os mosquitos, prevendo-se, por exemplo, que as carraças ampliem a sua zona endémica ou que a sua prevalência aumente.
Agora, no seu relatório anual de 2018, o Conselho de Parasitologia em Animais de Companhia dos EUA, que estuda as doenças parasitárias tanto em animais como em humanos, diz que as alterações climáticas vão levar ao aumento da prevalência de doenças parasitárias como a dirofilariose ou a doença de Lyme nos próximos anos.
“As mudanças dos padrões climáticos criaram as condições de reprodução ideais para os mosquitos”, responsáveis por transmitir o parasita que causa a dirofilariose, defende o Conselho de Parasitologia em Animais de Companhia dos EUA, que explica ainda que existem nos EUA muitos cães com infeções parasitárias assintomáticas do coração.
O relatório faz ainda referência a doenças como a anaplasmose, doença que afeta ruminantes e que é transmitida por espécies de carraças, referindo que a sua prevalência não deverá crescer nos próximos anos, e à erliquiose canina, que deverá manter-se nos mesmos níveis de 2018.