Alimentar os cães com carne de frango crua pode aumentar em cerca de 70% o risco de os animais desenvolverem paralisia. A conclusão é de um estudo da Universidade de Melbourne, na Austrália, publicado na revista científica Journal of Veterinary Internal Medicine, e que procurou analisar a relação entre a bactéria Campylobacter e a Polirradiculoneurite Aguda em cães.
Matthias le Chevoir, um dos investigadores envolvidos no estudo, afirma que “a causa da Polirradiculoneurite Aguda em cães tem desconcertado a comunidade veterinária durante muito tempo. É uma condição rara, mas debilitante, que numa primeira fase faz com que as pernas traseiras dos cães fiquem fracas. Depois pode progredir e afetar as pernas frontais, o pescoço, a cabeça e o focinho. Alguns cães podem até morrer por causa da doença se os seus peitos ficarem paralisados”.
De acordo com a comunidade científica, a paralisia pode resultar de o facto de o sistema nervoso do animal ficar desregulado e começar a ‘atacar’ as suas próprias terminações nervosas, uma condição quer tem tendência para piorar de forma gradual.
O estudo agora publicado sugere que a bactéria Campylobacter, presente em carne de frango crua ou mal cozinhada, leite não pasteurizado ou água contaminada, pode ser a responsável por espoletar esta condição em cães.
A investigação envolveu uma amostra de 27 cães com sintomas de Polirradiculoneurite Aguda e 47 cães sem qualquer tipo de sintomas da patologia que foram submetidos a vários exames físicos, nomeadamente a uma recolha de matéria fecal que foi analisada para a presença da bactéria. Conheça o estudo em detalhe aqui.