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Administração de vacinas nas farmácias arranca em Outubro

Administração de vacinas nas farmácias arranca em Outubro

Os farmacêuticos vão começar a receber formação durante o próximo mês, para que, em Outubro, os utentes possam não apenas adquirir mas também receber vacinas nas farmácias.

«A vacinação será iniciada em Outubro, coincidindo com a habitual campanha», avançou ao “Diário de Notícias”, o presidente da secção regional de Lisboa da Ordem dos Farmacêuticos (OF), João Mendonça.
De todas as vacinas, a da gripe é a que terá mais peso, mas as que protegem contra as hepatites A e B, febre amarela ou cancro do colo do útero estão também previstas na portaria publicada em Novembro de 2007.
O acto de administrar uma vacina é uma competência que os farmacêuticos já possuíam mas não a punham em prática, explicou a OF. Ainda assim, «foram estabelecidos protocolos de formação com o objectivo de reavivar a memória da maioria dos farmacêuticos. A Ordem vai realizar cursos em conjunto com o Instituto Egas Moniz, mas a Associação Nacional de Farmácias, várias cooperativas e institutos do ensino superior vão fazê-lo», esclareceu o responsável.
Com duração de 20 horas, os cursos terão início em Setembro e visam «reforçar conhecimentos de suporte básico da vida, que foram apreendidos na universidade». A formação incluirá igualmente aspectos relacionados com a técnica e tratamento de resíduos. «Todos os interessados podem fazê-la, já que temos capacidade de resposta rápida».
Por norma, não há efeitos secundários. Contudo, caso ocorram casos de choque anafiláctico «pode ser preciso fazer reanimação ou tratar, localmente, as reacções alérgicas», disse.
Apenas os farmacêuticos serão formados – ajudantes técnicos não – mas terão de pagar os custos, diz a OF.
Para além da administração de vacinas, o apoio domiciliário, a administração de primeiros socorros e de medicamentos e a utilização de meios auxiliares de diagnósticos integram a lista de cuidados de saúde que vão ser assumidos nas farmácias portuguesas.
«Vai ser um processo gradual que inicia com as vacinas, apesar de já prestarmos alguns destes serviços, como os testes ao colesterol ou da gravidez», adiantou João Mendonça. «Vamos dar mais formação à medida que forem introduzidos», acrescentou.
Em Abril de 2007, Correia de Campos, ex-ministro da Saúde, anunciou o alargamento a extensão das competências farmacêuticas, tendo para isso publicado uma portaria para que fossem contempladas.

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