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AAFP atualiza diretrizes sobre o retrovírus felino

AAFP atualiza diretrizes sobre o retrovírus felino

A American Association of Feline Practitioners (AAFP) realizou a primeira atualização oficial, em 12 anos, do documento Diretrizes de Teste e Gestão de Retrovírus Felino.

Estas diretrizes detalham conhecimentos atuais e mais precisos sobre a patogénese, diagnóstico, prevenção e tratamento das infeções por retrovírus em gatos e foram publicadas, a 9 de janeiro, no Journal of Feline Medicine and Surgery.

 

De acordo com a médica veterinária Susan Little, do American Board of Veterinary Practitioners (felino) e copresidente das diretrizes, o relatório foi escrito por um painel internacional de especialistas que incluiu investigadores e veterinários. Devido à publicação de vários estudos sobre o tema desde a última atualização do documento, estes decidiram que era necessário melhorar o cumprimento das recomendações de testes e vacinação.

As novas diretrizes de 2020 têm muita informação sobre o vírus da leucemia felina (FeLV) e sobre infeções do vírus da imunodeficiência felina (FIV).”Esperamos que essas diretrizes sejam de utilidade prática para todos os veterinários”, disse Little à publicação DVM360.

 

O documento tem uma vertente destinada aos veterinários, mas também inclui um folheto breve para os detentores de animais de estimação sobre a transmissão, testes e precauções.

Segundo relatórios atuais, entre 3% a 5% dos gatos testados na América do Norte estão infetados com FIV, sendo que o vírus é mais frequente em machos e em gatos propensos a lutar com outros gatos. Este vírus é identificado com menos frequência em filhotes e adultos castrados.

 

O fato de não existir uma vacina e de se verificar um crescimento dos testes de retrovírus, destaca a importância de se promover a educação sobre o tema, tendo resultado na atualização do documento.

“A educação e os testes precoces podem ajudar muito no tratamento das infeções por retrovírus felinos”, disse a CEO da AAFP, Heather O’Steen. “Os cuidados veterinários de rotina podem levar à diminuição da propagação da infeção”, reforça.

 

As taxas de infeção por FeLV, cuja vacina está disponível, são semelhantes às do FIV, com uma estimativa de 4% dos gatos testados na América do Norte.

“Temos o prazer de apresentar essas diretrizes para apoiar tanto os profissionais veterinários quanto os cuidadores de gatos no tratamento destas doenças”, disse O’Steen. “Enfatizamos ainda mais a parceria entre veterinários e proprietários de gatos no cuidado de gatos infetados porque com cuidados de saúde regulares e redução do stress, os gatos infetados com retrovírus, especialmente FIV, podem viver muitos anos saudáveis.”

Em Portugal, apesar de não existirem dados genéricos e atuais, foi realizado um estudo da prevalência do FeLV e da FIV na população de felídeos errantes do concelho de Braga, através do Projeto CED. A amostra recolhida, relativa ao período de dois meses e 12 dias, era composta por 72 gatos selecionados em grupos de risco elevado, de nove locais distintos do concelho. Os resultados demonstraram um resultado de 2,78% positivos à doença de FeLV relativamente à amostra total da população analisada.

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