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44% dos veterinários já contraiu infeções durante a prática clínica

CAMV’s de Bragança unem esforços

Práticas de controlo de infeções inadequadas são causadoras de cerca de 50% dos casos de infeções contraídas por médicos veterinários durante a sua carreira, diz um estudo da Universidade de Sidney.

“ Há uma necessidade urgente de educar os veterinários para que se protejam melhor, assim como ao público em geral, para que não contraiam infeções de animais”, referiu Navneet Dhand, um dos responsáveis pelo estudo.

O inquérito realizado pela equipa de investigação revelou que 44,9% dos médicos veterinários contraiu algum tipo de infeção dos animais durante a sua carreira. O objetivo do estudo era determinar a perceção dos veterinários em relação ao risco de contraírem uma doença a partir dos animais que tratam, perceber quais as medidas que usam para se protegerem e os fatores que influenciam a adoção dessas medidas.

 

O estudo analisou uma amostra de 344 veterinários e descobriu que cerca de 60% das clínicas ou hospitais veterinários não fazem um uso adequado dos kits de controlo de infeções standard disponíveis no mercado para os profissionais do setor se protegerem contra infeções. 34,8% não tinha unidades de isolamento para animais com doenças ou infeções contagiosas e 21,1% não tinha áreas de refeição separadas dos animais ou dos locais de tratamento dos mesmos.

Apesar de mais de 75% dos veterinários usar proteção como máscaras, batas e luvas para prevenir infeções durante os procedimentos clínicos, como cirurgias, cerca de 70% não usava estes materiais quando tratava de animais com sinais de doenças respiratórias ou neurológicas. 50% admitiu até que não usava estes materiais de proteção quando trata de animais com sinais de doenças gastrointestinais ou dermatológicas.

 

“É preciso relembrar que as doenças animais, como o vírus Hendra dos equinos ou a gripe das aves, representam 75% de todas as doenças infecciosas emergentes nos humanos”,referiu Navneet Dhand. “Os veterinários são as primeiras pessoas a cruzarem-se com animais com estas patologias, por isso a sua vigilância tem implicações não só na sua saúde, mas também na saúde dos seus funcionários e do resto da comunidade”, concluiu o investigador.

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