Portugal é um país pet-friendly. Pelo menos é o que diz o estudo da GfK ‘GfKTrack.2Pets’, que revela que cerca de 2 milhões (54%) dos lares portugueses possuem pelo menos um animal de estimação, mais 9% do que há quatro anos. A tendência deve-se às “alterações dos núcleos familiares, bem como à evidência de que os animais de estimação contribuem para o bem-estar físico e psicológico dos “donos”.”
No total estima-se que existam cerca de 6,7 milhões de animais de estimação no país, com os cães a surgirem no topo das preferências dos portugueses (38%), seguidos dos gatos (20%), pássaros (9%) e peixes (4%).
“Estes números mostram que os animais estão a ganhar cada vez mais espaço dentro das habitações, verificando-se ainda que a grande maioria das famílias os considera como membros e parte essencial das suas vidas. Assim sendo há também uma outra tendência que se destaca: o tratamento mais humanizado com os cães e gatos, que leva ao estabelecimento de uma ligação muito mais emocional e afetiva do que funcional. Tal como em muitos outros países, Portugal já regista, inclusivamente, mais cães e/ou gatos nos núcleos familiares do que crianças”, revela o estudo da GfK.
O estudo revela também que praticamente metade dos cães são de raça (48%) e que as preferências vão para Caniche, Retriever de Labrador, Pincher, Pastor Alemão e Podengo Português. A crescer está o número destes animais a viver dentro de casa (53%) e o facto dos portugueses adotarem mais cães (15% face a 3% em 2011), apesar serem sobretudo oferecidos (56%).
Nos gatos a tendência é muito semelhante: 28% são de raça e no top cinco encontra-se Siamês, Europeu Comum, Persa, Azul Inglês de pelo curto e Azul da Rússia. Além disso houve um crescimento muito acentuado de gatos adotados (25% face a 3% em 2011) e, tal como acontece com os cães, estes animais vivem maioritariamente dentro de casa (64%).
Já no que respeita aos cuidados com os cães e gatos, em ambos os casos os “donos” apresentam como principais fatores de preocupação a saúde e a alimentação. Não obstante, consideram também relevantes a higiene e o conforto.
“Na saúde é visível que cada vez mais se leva o “amigo de quatro patas” ao veterinário sobretudo para vacinação (91% no caso dos cães e 72% nos gatos), mas também para desparasitação interna/externa”, indicam os dados.
Já na alimentação, as conclusões indicam que está a diminuir o hábito de dar restos de comida (-32% nos cães e 40% nos gatos, face a 2011) e a privilegiar-se mais a alimentação seca (76% nos cães e 69% nos gatos). Em ambos, a comida é escolhida de acordo com a preferência/gosto do animal. Assim, é na alimentação que os donos mais gastam dinheiro (60% nos cães e 61% nos gatos).