De acordo com o “The Guardian”, as conclusões desta pesquisa, realizada em conjunto pela British Union for The Abolition of Vivisection e pela Fundação Dr. Hawden para Pesquisa Humana, foram publicadas na revista “Alternatives to Laboratory Animals”.
O número de animais usados em experiências científicas referido foi, contudo, difícil de estimar, pois os critérios de registo diferem de país para país. Apenas 37 possuíam dados nacionais, ainda que parciais, em 2005. Nos outros 142, os investigadores tiveram necessidade de se basear em dados de publicações sobre animais relativas ao ano de 2006.
«É chocante como são poucos os países que acham importante contabilizar o número de animais que sofrem nos laboratórios», criticaram os cientistas. «É impossível debater clara e honestamente sobre o papel das experiências com animais no século XXI quando o número oficial é vergonhosamente subestimado», acrescentaram.
Neste sentido, os autores salientam que as estimativas finais seriam superiores se se adicionassem animais não relacionados com dados britânicos.
No Reino Unido, os investigadores precisam de registar o número de animais que utilizam, o total de procedimentos que realizam e o número de crias de animais usadas em reprodução transgénica.
Já nos Estados Unidos, local onde mais se utilizam animais para investigações (mais de 17% de acordo com os investigadores), os números oficiais não incluem ratos, ratazanas, pássaros, peixes, répteis e anfíbios.
Por outro lado, muitos países não têm registos. É o caso do Liechtenstein e da República de San Marino, cujas experiências científicas com animais são totalmente proibidas.
115 milhões de animais usados em experiências laboratoriais num ano
Cerca de 115 milhões de animais foram, no período de um ano, utilizados para experiências científicas em todo o mundo, de acordo com estimativas baseadas em dados oficiais e extrapolações a partir de documentos científicos publicados.