A Câmara de Viana do Castelo criou uma Linha SOS Biodiversidade (258 819 391) para ocorrências que envolvam animais selvagens, com o objetivo de dar “uma resposta cirúrgica” a “ocorrências frequentes em espaço público, como o arrojamento de animais marinhos (golfinhos e tartarugas), gaivotas, cavalos e javalis mortos, moribundos ou feridos, entre outros”, explicou Ricardo Carvalhido, vereador do Ambiente da Câmara de Viana do Castelo, à agência Lusa.
“O que pretendemos com a Linha SOS Biodiversidade é diminuir ao máximo o número de ocorrências que envolvam animais selvagens reportados às entidades que prestam socorro a pessoas e bens. Sem querer, as pessoas podem pôr em causa o socorro em casos de emergência, como acidentes, incêndios ou outras situações”, referiu o vereador do Ambiente.
“Quando encontravam um animal selvagem ferido ou morto, as pessoas não sabiam bem para onde ligar e acabam por acionar várias entidades, como os bombeiros, PSP, GNR, Autoridade Marítima, que são entidades que têm por missão o socorro e salvamento de pessoas e bens. Agora devem ligar para a Linha SOS Biodiversidade e o operador contacta, cirurgicamente, a entidade que tem a competência para a resolver”, especificou.
Durante o dia, “as chamadas são atendidas pelo Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental (CMIA) e, no período noturno, por uma equipa de resgate e salvamento animal dos Bombeiros Sapadores de Viana do Castelo, que dispõe de formação e de equipamento específico, nomeadamente uma célula sanitária ventilada de transporte”.
Ricardo Carvalhido explicou ainda que a criação daquele serviço resultou de uma avaliação que envolveu diversas entidades, entre elas o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), face à “frequência” daquelas ocorrências. O objetivo é atuar ao nível do “impacto na saúde pública, evitando o trabalho desnecessário que toma as várias entidades que são contactadas pelos cidadãos na procura da solução do problema”.
“Verificou-se a ocupação desnecessária de meios humanos, técnicos e logísticos (como a ocupação do operador de atendimento telefónico), podendo pôr em causa o tempo de resposta a emergências”, reforçou. Por outro lado, acrescentou Ricardo Carvalhido, “o cidadão também não estava a obter a resposta célere e concreta que procurava para que a situação dos animais em causa (com interferência na saúde pública) fosse atendida sem objetividade”.