Os profissionais veterinários portugueses são os que mais pensam “frequentemente” ou “muito frequentemente” em desistir da sua carreira profissional. Segundo do VetsSurvey de 2021, Portugal conta com 52% dos profissionais nessa situação, com 27% a pensar desistir “muito frequentemente” – o segundo maior resultado atrás da Colômbia.
O top três é seguido pela Argentina (54%) e Colômbia (48%). Em contraste, os profissionais nos países nórdicos (44%), Alemanha (40%) e França (38%) são os que em maior número nunca pensaram em abandonar a profissão. A nível global, 38% pensam frequentemente ou muito frequentemente em desistir da profissão.
Mesmo analisando os resultados, antes do efeito da pandemia, Portugal (46%), Argentina (40%) e Colômbia (38%) continuam a liderar a lista.
Ao nível dos profissionais, quatro em cada dez dos médicos veterinários e metade dos técnicos e enfermeiros veterinário pensam frequentemente ou muito frequentemente em desistir, valor significativamente maior que os gestores ou detentores dos CAMV (31%).
O que ambicionam os veterinários na sua carreira?
O VetsSurvey 2021 analisou ainda as ambições futuras para a carreira. Portugal destaca-se da média global com 17% dos profissionais a considerarem querer abandonar a profissão. Apenas 9% dos profissionais mundialmente querem seguir o mesmo caminho.
Apesar da relevância dessa situação, grande parte (48%) pretende continuar empregada, seguido de 36% que querem investir em mais qualificações ou em investigação e 34% a querer reduzir as horas/trabalhar em part-time/ tornar-se freelancer/ substituir outros profissionais em férias ou baixa.
A nível global, quatro em cada dez (37%) quer manter-se empregado como veterinário, um em cada quatro (27%) quer reduzir as horas trabalhadas e 18% quer tornar-se detentor ou gestor de um CAMV. As maiores proporções a esse nível são de 25% na Polónia e 23% na Rússia.
Quase quatro em cada dez (43%) mulheres querem continuar empregadas, algo significativamente maior que nos homens, onde a percentagem é só de 32%. São também mais as mulheres que querem reduzir as horas de trabalho (28% contra 25%).