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Investigação

Tecnologia de seleção de género foi utilizada pela primeira vez em raça rara de cavalos

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Quando ficou confirmado que a sua égua, de uma raça rara britânica, chamada Suffolk Punch, estava grávida, a universidade britânica de Nottingham Trent, a sua detentora, já sabia qual iria ser o sexo do poldro – uma fêmea. Afinal, esta foi a primeira vez que uma égua Suffolk Punch deu à luz depois de se recorrer a sémen sexado para determinar o sexo do poldro, avançou a publicação Vet Times.

O sémen sexado é, como o nome indica, sémen que foi separado para conter esperma que irá produzir uma prole masculina ou feminina. A medida foi aplicada dada a raridade desta raça equina: registam-se menos de 72 Suffolk Punches fêmeas no Reino Unido e menos de 300 no mundo. Cada fêmea nascida é fundamental para a sobrevivência desta raça ameaçada.

 

Assim, em 2019, Tullis Matson, proprietário e diretor-geral dos Stallion AI Services, começou a utilizar tecnologia para a classificação sexual do sémen equino para assegurar a salvação destes cavalos raros.

O projeto de classificação sexual recorre a equipamento especializado para classificar o sémen antes da inseminação, com base na diferença de conteúdo de ADN entre os espermatozoides portadores de cromossomas X e Y.

 

A égua Ruby pertence à Universidade de Nottingham Trent, enquanto o garanhão Suffolk, Holbeach Iggy, pertence a Mike Clarke da Quinta Holbeache, em Suffolk.

Os animais foram cuidadosamente selecionados e combinados com base na sua genética, como parte de um projeto entre o Rare Breed Survival Trust e a Nottingham Trent University, que utiliza informação de pedigreepara permitir a criação de pequenas populações, minimizando o risco de consanguinidade e declínio genético.

 

Esta foi a segunda tentativa de inseminação de Ruby e foi realizada com sucesso.

“O nascimento deste potro marca um passo importante para assegurar o futuro do cavalo Suffolk e de todas as outras raças animais raras. Estamos muito contentes por a espera de 11 meses ter resultado no sucesso e quero agradecer a todos os que nela desempenharam um papel”, referiu Gareth Starbuck, chefe de ciências animais e equinas na Universidade de Nottingham Trent.

 
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