A provedora do animal, Laurentina Pedroso, considerou estar “surpreendida com esta recorrência de muitas vezes os presidentes das câmaras parecerem desconhecer” as situações de abrigos ilegais. As declarações surgem após o mais recente caso em Vila Real de Santo António, no qual morreram mais de uma dezena de animais queimados e que resultou na abertura de um inquérito administrativo pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas , avança a TSF.
A responsável afirmou ser urgente identificar os abrigos ilegais espalhados por todo o País. Laurentina Pedroso defende, em declarações à TSF, que os autarcas não podem continuar alheados da realidade.
“Para a resolução estratégica deste assunto, os presidentes das juntas são fundamentais, porque têm de conhecer a realidade. Se não a conhecem, ainda têm de ir à procura dessa realidade”, salientou a provedora do animal.
Estratégia do Ministério do Ambiente
Laurentina Pedroso revelou que, além da contratação de mais 20 médicos veterinários para o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, foi desenhada uma estratégia global que assenta em dois pilares. O primeiro passa pela criação de um Serviço Nacional de Saúde para proteger os animais em risco, “que não traga custo adicional para o erário público, e que seja assente em estruturas que já existem, nomeadamente as instituições de ensino de medicina veterinária e enfermagem veterinária”.
Laurentina Pedroso apelou ainda ao recurso à “rede nacional de cheque veterinário”, projeto que criou enquanto bastonária da Ordem dos Médicos Veterinários, em 2014. Esta iniciativa será complementada com um Plano Nacional de Emergência e Socorro Animal.
A responsável acredita que há condições para que as iniciativas sejam implementadas até ao final do primeiro semestre do próximo ano.