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Animais de Produção

Peste equina africana pode pôr em risco bem-estar de milhares de cavalos na Tailândia

Estudo: pastagem setorial pode ajudar cavalos a manterem-se em forma

A Tailândia continua a tentar conter um surto viral de peste equina africana (PEA), Pestis equorum, que está a ameaçar o bem-estar de milhares de cavalos.

Siraya Chunekamrai, médica veterinária e vice-presidente da WSAVA e presidente da Lampang Pony Welfare Association, lançou um apelo a solicitar ajuda para combater este surto letal que já matou 500 cavalos na Tailândia e que poderá matar milhares, caso não seja contido.

 

Chunekamrai lançou também um apelo internacional de angariação de fundos para apoiar a compra de bens essenciais, incluindo redes de proteção de vetores.

“Este é um desastre para centenas, possivelmente milhares de cavalos na Tailândia. É igualmente desastroso para os seus proprietários, muitos dos quais dependem deles para o seu sustento”, explica a médica veterinária, citada pela MRCVS online.

 

“Apesar das restrições em vigor devido à pandemia da covid-19, os veterinários de todo o país estão a trabalhar incansavelmente para reduzir o sofrimento dos cavalos na Tailândia e para ajudar os proprietários a proteger os seus animais. Estamos determinados a controlar a doença e a reconquistar o nosso estatuto de país livre de doença da peste equina.”

A PEA está classificada como sendo de notificação compulsória pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) devido à sua gravidade e ao risco de propagação rápida e global. A taxa de mortalidade é de cerca de 95%, com sintomas que incluem febre, depressão, conjuntivite, inchaço acima dos olhos e dos lábios e dispneia.

 

O vírus infeta cavalos, burros e zebras, e é normalmente transmitido por mosquitos Culicoides que vivem em climas quentes e tropicais.

A propagação da PEA é controlada através da manutenção dos cavalos em estábulos, atrás de redes, que devem ser preenchidas com selante e pulverizadas com um inseticida, bem como as paredes do estábulo, para evitar que os insetos passem através da rede.

 

Os fundos angariados têm como objetivo ajudar as comunidades mais pobres, que não podem suportar os custos ou não têm conhecimento da importância da utilização das redes mais finas.

A única vacina comercialmente disponível baseia-se numa versão enfraquecida do vírus, que por vezes induz sintomas ligeiros e contagiosos.

Atualmente, as vacinas estão a ser administradas apenas a cavalos que foram submetidos a testes PCR e serológicos para garantir que apenas os animais não infetados são vacinados.

“Há muito trabalho a fazer antes de atingirmos o nosso objetivo e estamos desesperados por fundos que nos ajudem a comprar redes, inseticidas, rações e outros bens essenciais para ajudar os tailandeses mais pobres a proteger os seus cavalos desta terrível doença. Ficaríamos gratos por quaisquer donativos para apoiar o nosso trabalho neste momento difícil e desolador”, conclui Siraya Chunekamrai.

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