A afirmação pode parecer óbvia para qualquer detentor de felinos, mas a interação com gatos pode mesmo ajudar a combater a solidão, concluiu um relatório do ll-Party Parliamentary Group on Cats, um grupo britânico composto por deputados de vários partidos e organizações associadas que promovem o bem-estar dos felinos.
O relatório Cats as Companions: Can Cats Help Tackle Loneliness?, publicado para coincidir com a Semana de Sensibilização para a Solidão (que se assinala esta semana no Reino Unido), sugere que interagir com gatos ajuda a combater a solidão, independentemente da condição social ou faixa etária da pessoa, seja através da adoção definitiva ou temporária ou de voluntariado e ajuda em centros.
No relatório, o All-Party Parliamentary Group on Cats realiza várias recomendações para que os cuidadores, as instituições de solidariedade social e o governo britânico explorem a possibilidade de promover a interação com gatos aos que se encontram mais sozinhos.
As recomendações incluem um apelo à “prescrição de tempo social com gatos”, quer através do voluntariado ou da promoção de felinos para salvamento de animais, ou mesmo da obtenção de um gato como animal de companhia.
Por sua vez, as recomendações a cuidadores ou prestadores de serviços de alojamento sugerem que possibilitem que os inquilinos possuam ou adotem gatos.
“Como tutor de um gato, sempre encontrei grande prazer e felicidade por ter gatos na minha vida e posso testemunhar como eles podem ser grandes companheiros e proporcionar amor, apoio e prazer”, comentou Sheryll Murray, presidente da APGOCATS, citada pela publicação MRCVS Online.
“O combate à solidão é uma questão de saúde prioritária para muitos em todo o Reino Unido. O papel que os gatos e outros animais de estimação podem desempenhar para ajudar a resolver o problema é pouco estudado e merece mais atenção. Aguardo com grande expectativa a possibilidade de levar por diante as recomendações do relatório.”
Sheryll Murray considera “evidente que o papel dos gatos no combate à solidão é subexplorado” e espera que este relatório destaque “as muitas formas que eles podem ajudar”, pois “existe claramente um potencial real para que os gatos tenham um papel mais benéfico na vida das pessoas”.