A morte de “pelo menos 14 animais” num “abrigo ilegal” no concelho de Vila Real de Santo António, na sequência do incêndio que deflagrou em Castro Marim, foi denunciada pelo partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN). O partido anunciou que vai apresentar queixa, avança o jornal Público.
Em comunicado enviado às redações, o PAN dá conta de que os animais se encontravam “num abrigo ilegal, no local de Santa Rita (concelho de Vila Real de Santo António), já sinalizado, desconhecendo-se para já as razões pelas quais não foram resgatados com vida”.
A mesma nota adianta que a porta-voz, Inês Sousa Real, “em contacto com as estruturas locais do partido no Algarve, está já a diligenciar no sentido de apresentar uma queixa-crime junto do Ministério Público e de questionar os ministérios da Administração Interna e do Ambiente e Ação Climática” para que “venham cabalmente esclarecer as circunstâncias que levaram a este desfecho”.
O PAN informa ainda que vai “questionar a Câmara Municipal quanto à existência deste abrigo”. Em declarações à agência Lusa, a Câmara de Vila Real de Santo António afirmou que “desconhecia a existência” do abrigo.
“Desconhecíamos. Soube dessa informação ainda agora, pelo que percebi é uma coisa particular, ilegal e que nem sequer pediu auxílio nenhum. Nem o serviço municipal de Proteção Civil sabia da sua existência”, afirmou o autarca Luís Romão.
O presidente da câmara municipal lamentou que, depois de a autarquia ter conduzido “com sucesso” a retirada de cerca de 300 animais do canil e gatil municipal como precaução, tenha tido esta “surpresa” da morte de mais de uma dezena de animais.
“Da mesma forma que retiramos do canil e gatil municipal, podíamos ter feito o mesmo para esses, mas desconhecíamos”, concluiu.