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Organização escocesa pede que cães sejam julgados por ações e não pela raça

A SPCA escocesa lançou uma nova petição que pede que os cães só sejam eutanasiados se tiverem atacado alguém e não pela sua raça.

A Society for the Prevention of Cruelty to Animals (SPCA) escocesa lançou uma nova petição que pede que os cães só sejam eutanasiados se tiverem atacado alguém, sendo por isso julgados pelas suas ações e não pela sua raça, avança a BBC.

Os ativistas consideram que a legislação não tem em conta o temperamento ou a adequação para a adoção, o que acaba por resultar numa sentença de morte para cães das raças Pit bull americano, Tosa Inu, Dogo Argentino e Fila-brasileiro.

 

“Embora apoiemos totalmente a legislação para proteger o público, acreditamos que qualquer raça de cão pode estar potencialmente fora de controlo e tornar-se perigosa nas mãos erradas”, considerou o superintendente-chefe da SPCA escocesa, Mike Flynn.

“Gostaríamos de ver um maior foco na legislação que garanta a posse responsável de cães em vez de punir cães individuais pela sua aparência se não fizeram mal a ninguém”, pediu.

 

“No mínimo, gostaríamos que a lei fosse alterada para que raças e tipos proibidos que entram ao nosso cuidado possam ser realojados”, concluiu.

Mike Flynn revela ainda que as equipas de caridade muitas vezes cuidavam destes cães durante meses ou mesmo anos, enquanto aguardavam a conclusão dos processos judiciais, apenas para os pôr a dormir, uma vez que não podiam ser legalmente adotados.

 

“Muitas vezes estes cães têm grandes temperamentos e nenhuns problemas comportamentais, mas ainda precisam de ser eutanasiados quando, se fossem outras raças, iam para um lar amoroso. É de partir o coração para todos os envolvidos”, explicou o representante.

Resposta governamental

Já um porta-voz do Department for Environment, Food and Rural Affairs disse: “A segurança pública está no centro da Dangerous Dogs Act, razão pela qual impõe restrições a quatro tipos de cães tradicionalmente criados para fins de luta”.

 

“Estes cães são cruzamentos e, portanto, a sua identificação baseia-se em características físicas que são avaliadas por um polícia especialmente treinado”, explicou ainda.

Desde 2013 que a SPCA escocesa teve de eutanasiar 24 pit bulls que cuidaram depois de terem sido identificados como raça proibida.

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