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Investigação

Novas descobertas sobre o hipoadrenocorticismo canino

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Uma equipa de investigadores da Universidade de Glasgow, na Escócia, encontrou diferenças entre as concentrações de eletrólitos medidas através de análises no tratamento de cães com hipoadrenocorticismo e de métodos laboratoriais de referência.

O estudo, publicado no Journal of Small Animal Practice, investigou o desempenho de dois aparelhos de análise utilizados no tratamento de cães com a doença endócrina (IDEXX Catalyst Dx e IDEXX VetStat), em comparação com o método laboratorial de referência para a medição das concentrações de sódio, potássio e cloreto no sangue. Foram ainda analisadas as relações entre os níveis de sódio e potássio em cães diagnosticados com hipoadrenocorticismo.

 

No total, participaram no estudo 48 cães com hipoadrenocorticismo, tendo sido medidas 329 amostras combinadas por via de análise (Catalyst) e por elétrodo seletivo de íons (ISE).

O autor do estudo, Sam Fowlie, revelou, em declarações ao Journal of Small Animal Practice (JSP), que “os resultados indicam que os rácios de […] sódio/potássio, bem como as concentrações de cloreto medidas pelos analisadores Catalyst e VetStat, não podem ser utilizados em substituição de um analisador de laboratório de referência que utilize um método indireto ISE”.

 

“Os dois analisadores tendem a apresentar resultados mais elevados do que o método de referência para todos os analitos, exceto para o potássio, quando medido no VetStat”, refere Fowlie.

No caso do Catalyst, houve 21 casos com resultados discordantes de sódio, 27 de potássio e 46 de cloreto. Já o VetStat produziu resultados que contrariaram 19 vezes o método de ISE no caso do sódio, três vezes a medição de potássio e nove vezes a análise de cloreto.

 

Para Nicola Di Girolamo, editor do JSP, “este estudo revela diferenças sistemáticas significativas (´bias´) entre os três analisadores deste estudo”, pelo que “a comparação numérica de diferentes métodos analíticos – sejam eles no tratamento, ou no laboratório de referência – pode ser perigosa para os pacientes”.

“Os médicos devem sempre utilizar os limites específicos do método e, se estes não estiverem disponíveis (por exemplo, os rácios sódio/potássio), devem ter mais cuidado na sua interpretação”, conclui.

 

O hipoadrenocorticismo canino, também conhecido como doença de Addison, é uma doença rara, por vezes fatal, que acontece quando as glândulas suprarrenais não conseguem produzir hormonas suficientes para o funcionamento normal do corpo.

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