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Médicos Veterinários

Nova ferramenta para avaliar o risco da síndrome de Cushing em cães

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Investigadores da equipa VetCompass, do Royal Veterinary College (RVC), no Reino Unido, desenvolveram uma nova ferramenta que pode ser utilizada para avaliar o risco de síndrome de Cushing em cães. De acordo com a publicaçãoAnimal’s Health, a ferramenta é de acesso aberto e foi concebida para apoiar os médicos veterinários na tomada de decisões e, em última análise, aumentar a confiança no diagnóstico.

A síndrome de Cushing, ou hiperadrenocorticismo, é uma doença endócrina, resultante de um desequilíbrio no cortisol (uma hormona esteroide). No caso dos cães, a maioria dos casos de Cushing são diagnosticados e geridos em clínicas veterinárias de cuidados primários, e apenas uma minoria de todos os casos é referenciada.

 

A síndrome de Cushing pode ser difícil de diagnosticar porque os sinais clínicos muitas vezes não são específicos da doença. Além disso, não existe um teste único e altamente preciso para a síndrome. O diagnóstico da doença só pode ser confirmado através de sintomatologia analítica e imagem compatível.

Os sinais clínicos clássicos associados à doença estão bem documentados, e os cães afetados apresentam frequentemente várias combinações de libertação frequente de grandes volumes de urina (poliúria), sede excessiva (polidipsia), apetite excessivo (polifagia), abdómen inchado, fraqueza muscular, alopecia bilateral, sibilância e letargia.

 

A ferramenta foi desenvolvida após a aplicação de métodos estatísticos avançados e é composta por dez fatores “preditivos” para a síndrome de Cushing, identificando a probabilidade de um cão sofrer da doença com base nestes fatores.

O estudo Development and internal validation of a prediction tool to aid the diagnosis of Cushing’s syndrome in dogs attending primary‐care practice, publicado no Journal of Veterinary Internal Medicine, incluiu dados de centenas de cães testados para a síndrome em 886 clínicas veterinárias no Reino Unido e utilizou dados sobre demografia canina, sinais clínicos na apresentação e resultados laboratoriais.

 

O estudo acedeu a grandes volumes de dados anónimos através do programa VetCompass e com a colaboração da empresa farmacêutica veterinária Dechra.

Imogen Schofield, coautor e aluno de doutoramento no RVC, afirmou: “O resultado desta investigação fornece aos veterinários dos cuidados primários uma ferramenta fácil de usar e intuitiva que pode ajudar na tomada de decisões durante o processo frequentemente frustrante de diagnóstico da síndrome de Cushing.”

 

“A utilização da nossa ferramenta para avaliar a probabilidade de um cão suspeito ter síndrome de Cushing antes de novos testes poderia reduzir a utilização inadequada dos testes de diagnóstico atualmente disponíveis.”

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