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Animais de companhia

Investigadores brasileiros criam ‘app’ para detetar dor animal

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É mais um passo para objetivar a avaliação da dor nos animais de companhia. Investigadores da CESAR School e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu, no Brasil, desenvolveram uma aplicação móvel gratuita capaz de detetar a dor do animal em tempo real.

Em comunicado, o grupo revelou que a app pode ser usada tanto por médicos veterinários como por tutores para avaliar a dor animal e proporcionar mais qualidade e bem-estar no atendimento médico-veterinário.

 

“Por meio de sinais como a postura, nível de atividade, apetite e pressão arterial, por exemplo, é possível determinar se o animal está sentindo dor e em qual escala. O tutor pode acompanhar esses indicadores pela app e levar o seu pet ao veterinário aos primeiros sinais de que algo não está bem”, afirma Melissa Pontes, engenheira sénior de testes e professora da CESAR School.

Na app, o tutor ou médico veterinário avalia os comportamentos do animal. A cada comportamento corresponde uma pontuação, sendo que a soma dos vários elementos avaliados irá indicar se a dor é leve, moderada ou intensa.

 

A escala de dor utilizada é a do professor e médico veterinário Stelio Luna, que é aplicada em oito países. Segundo os investigadores, a solução tecnológica permite escalar ainda mais este modelo e esteve na origem da parceria entre as  duas instituições. A meta principal da colaboração é poder melhorar os protocolos anestésicos.

“A aplicação móvel vai popularizar ainda mais a escala de dor e trazer um banco de dados bem robusto para o projeto, facilitando a avaliação da dor nos animais pelas pessoas em tempo real”, disse Stelio Luna.

 

A escala de dor desenvolvida pelo docente já é utilizada para a avaliação clínica de outras espécies, como equinos e bovinos. Porém, a app vai centrar-se primeiro no pós-operatório de felinos, havendo depois o objetivo de a utilizar na avaliação da dor do maior número de espécies possível.

A aplicação vem com uma série de instruções e vídeos explicativos que orientam o utilizador. “A avaliação clínica pelo médico veterinário deve prevalecer sempre, mas a app ajuda também os tutores numa primeira perceção de que algo está errado”, explica Marianna Ulbrik, médica veterinária com uma pós-graduação em Anestesiologia e investigadora.

 

Em declarações à publicação brasileira G1 – Globo News, as investigadoras Melissa Pontes e Marianna Ulbrik revelaram ainda que a app se encontra em fase de testes e que não sabem quando será lançada no mercado.

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