Os grandes grupos económicos começam a ganhar espaço no ramo da veterinária em Portugal. Cada vez são mais as clínicas e os hospitais veterinários a juntarem-se a estas empresas internacionais. Mas de que forma agregam valor à medicina veterinária em Portugal?
Os resultados mais recentes do Observatório do Mercado da VetBizz Consulting apontam para uma tendência de crescimento da indústria veterinária. Os números foram apresentados na edição de maio da VETERINÁRIA ATUAL, num artigo de opinião de Dilen Ratanji, que apontava o mês de abril como o mais negativo de 2020, mas que acabou por ser compensado nos meses seguintes “com recordes históricos face aos períodos homólogos dos anos anteriores”. 2021 continua a manter esta tendência de aumento da faturação, ainda que em maio já se tenha verificado uma quebra no ritmo de crescimento. Na génese desta tendência existem diversos fatores e a pandemia – com longos períodos de confinamento − veio reforçá-los, contribuindo também para estreitar os laços entre os tutores e os seus animais de companhia. O diretor-geral da Vetbizz Consulting, Dilen Ratanji, nota ainda como elemento causador as alterações no contexto social, demográfico e económico, nos últimos anos, que se manifestam nos aspetos psicográficos. “A alteração dos núcleos familiares e a noção, cada vez maior, de que os animais de companhia contribuem para o bem-estar físico e psicológico dos tutores é uma das razões para o crescimento do ramo. De realçar que cerca de 12% do orçamento familiar é para despesas com os animais de companhia.” Por outro lado, encontram-se também as características demográficas do País, que conta com uma população envelhecida e onde se verificam “mais divórcios, menos filhos e um maior número de famílias monoparentais”. O responsável pela Vetbizz Consulting nota também a crescente perceção da maioria dos tutores que consideram, cada vez mais, o animal de companhia como parte integrante e fundamental da família. Além de que “os serviços não-médicos têm vindo a ganhar “terreno” no setor veterinário, nomeadamente o grooming (banhos e tosquias) e o hotel animal”.
Esta tendência traça um novo paradigma, que se reflete não só na faturação dos CAMV – que apresentam um “crescimento anual em dois dígitos há vários anos” – como no desenvolvimento profissional dos médicos veterinários. “É um setor que assistiu à duplicação do volume de negócios global em apenas meia dúzia de anos. A maior exigência dos tutores, aliada ao aumento de fluxo de clientes, obriga os CAMV a desenvolver medidas estratégicas que potenciem a profissionalização em todos os domínios da gestão.” Dilen Ratanji acrescenta ainda que a crescente sensibilização para os cuidados de saúde e bem-estar dos animais e a maior exigência dos tutores, suscita nos médicos veterinários uma maior necessidade de formação contínua na área clínica e de atendimento ao público.
Os sinais evolutivos do ramo começaram a criar suspeitas da entrada de investidores internacionais em Portugal. Em 2019, o diretor-geral da Vetbizz Consulting, antecipava a entrada de dois grandes grupos económicos veterinários no País, o que se veio a concretizar meses mais tarde. E, de acordo com o responsável, foi precisamente a partir de 2019 que o setor assistiu à entrada mais evidente de empresas internacionais.
Como tudo começou…
OneVet / Unavets
O primeiro grupo económico a entrar em Portugal foi o OneVet Group e já lá vai quase uma década. No início deste ano aliou-se a um grupo ibérico de saúde veterinária, a Unavets. Desta feita, após a formalização da parceria, o grupo já conta com 46 centros veterinários, 28 em Portugal e 18 em Espanha. A ambição dos responsáveis não se fica por aqui e até ao final do ano pretendem alargar ainda mais a sua rede. Mas vamos começar pelo princípio.
Corria o ano 2012 quando o Grupo OneVet começou a dar os primeiros passos. Nesta altura, o mercado da veterinária − identificado como um mercado com potencial e em crescimento − apresentava algumas lacunas na implementação de recursos e instrumentos de gestão. Na perspetiva do managing director Guilherme Assis, esta tendência “não potenciava a criação de valor e um melhor serviço aos animais de companhia”. Assim, a fundação deste grupo pretendia estreitar a relação do médico veterinário com o cliente e o paciente, criando, em simultâneo, “condições económicas e financeiras para aceder a recursos humanos e técnicos especializados, que permitissem os melhores cuidados de saúde aos animais de companhia, libertando ainda as equipas clínicas das atividades de suporte para que se pudessem concentrar naquilo que melhor fazem, o exercício da medicina veterinária”, explica o responsável.
Numa fase inicial, entre 2012 e 2017, a OneVet desenvolveu em exclusivo a sua rede de centros veterinários em Portugal. Entre 2017 e 2019, explica Guilherme Assis, o grupo esteve sobretudo focado “na consolidação e otimização de processos e em criar as condições necessárias para garantir um trabalho em equipa eficaz”. No final de 2020, por sua vez, com a aliança da Unavets, “deu-se início a um novo ciclo com a entrada de novas unidades, sendo que entre julho e outubro deste ano a OneVet integrou já nove centros veterinários”. Em Espanha, à semelhança do que acontece em Portugal, o grupo encontra-se em fase de expansão da sua rede de centros veterinários.
Anicura
A AniCura, fornecedora europeia de cuidados veterinários especializados para animais de companhia, entrou no mercado português em julho de 2019, com a incorporação do Hospital Veterinário do Restelo. Contudo, a maioria das aquisições foram feitas este ano e até à data de fecho desta edição, já conta com seis hospitais e cinco clínicas em Portugal. Assim, fazem parte do projeto AniCura, pela ordem com que se incorporaram, o Hospital do Restelo, o centro de Fisioterapia do Restelo e o centro veterinário do Alto de Algés; o Hospital do Algarve; o Centro Hospitalar Veterinário no Porto; o Hospital Vasco da Gama e a Clínica do Forte da Casa; o Hospital Alma Veterinária e as clínicas Alma Veterinária S. Marcos e a Alma Veterinária Ouressa.
A regional manager Portugal & procurement Ibéria da Anicura, Myriam Gonçalves, relata que a recetividade do setor veterinário português à marca tem sido muito positiva. Na sua perspetiva isso deve-se “à reputação e posicionamento da Anicura como principal fornecedor europeu de cuidados médico-veterinários avançados”, mas também pelo facto “de pertencer ao grupo Mars − o maior empregador mundial da profissão veterinária, bem conhecido dos portugueses”. Além das conhecidas marcas de chocolates (M&M´s, Twix, Snickers, entre muitas outras) e petfood (entre elas a Royal Canin), pertencem à Mars oito grupos de hospitais veterinários em todo o mundo, como, por exemplo, a AniCura, a Banfield e a VCA. “Acresce o facto de ser uma empresa detida a 100% pela família Mars, com reconhecidos valores e solidez financeira. O facto de não ter acionistas ou fundos de investimento associados permite-nos ter uma visão a longo prazo e não imediatista, os quais são fatores importantes para esta recetividade”, acrescenta.
A AniCura é um grupo de origem sueca, pelo que a maior concentração de clínicas se situa nos países nórdicos. Encontra-se distribuído em vários países europeus, sendo que neste momento fazem parte da AniCura mais de 400 clínicas, essencialmente estruturas hospitalares, 53 das quais na Península Ibérica.
A decisão de entrar no mercado português esteve presente desde o início, no desenho da estratégia de expansão europeia da AniCura. De acordo com Myriam Gonçalves, o propósito da Mars passa por contribuir para um mundo melhor para os animais. E com base nesse objetivo, a missão da marca “é a de contribuir para o fornecimento de cuidados de saúde avançados, ajudando a profissão veterinária a evoluir”.
IVC Evidensia
O maior grupo veterinário da Europa, IVC Evidensia, conta com mais de 1 500 consultórios em 13 países, sendo que três encontram-se em Portugal. “A entrada no mercado português foi decidida ao mesmo tempo que a nossa entrada em Espanha no início deste ano, na sequência da estratégia de consolidação da liderança da IVC Evidensia na Europa”, explica o iberia country manager da IVC, Antonio Clemente, reforçando que estão em discussões avançadas para continuar a crescer. Até ao momento, os países na Europa com o maior número de clínicas integrantes do grupo são o Reino Unido, a Suécia e os Países Baixos.
À semelhança dos restantes grupos com os quais a VETERINÁRIA ATUAL teve a oportunidade de contactar, o IVC Evidensia acredita no crescente profissionalismo do setor veterinário, que caminha cada vez mais para níveis mais elevados. Neste sentido, a política empresarial do grupo caracteriza-se pelo apoio ao “desenvolvimento profissional da equipa, investimento nas instalações e melhoria contínua dos processos dos centros que o passam a integrar”. A autonomia do profissional veterinário é também tida em conta, abrindo espaço para momentos de aprendizagem e “projetos de melhoria, formação, investigação e intercâmbio de conhecimentos e melhores práticas a nível europeu”. A sua gestão está totalmente orientada para a prática veterinária e o seu objetivo pode ser resumido numa frase: “Animais saudáveis e tutores felizes, sublinha Antonio Clemente.
Os grandes grupos agregam valor à medicina veterinária em Portugal?
O managing director do Grupo Onevet / Unavets acredita que a constituição de grupos veterinários em Portugal, pela sua escala e partilha de recursos, pode contribuir para uma maior profissionalização do setor, permitindo gerar uma maior valorização por parte do cliente pelo serviço prestado”. Guilherme Assis aponta ainda outros dois fatores decisivos para a crescente profissionalização e reconhecimento da profissão: “o reforço da presença dos seguros neste mercado e a possibilidade de os clientes deduzirem o IVA dos serviços veterinários no seu IRS”.
O managing director do Grupo Onevet / Unavets, Guilherme Assis, acredita que a constituição de grupos veterinários em Portugal, pela sua escala e partilha de recursos, “pode contribuir para uma maior profissionalização do setor”.
Como mencionado anteriormente pelo responsável, um dos planos de ação do Onevet / Unavets passa por manter uma estratégia alicerçada pela componente de negócio e gestão. Desta feita, com a integração no grupo, a OneVet introduz nos CAMV valências para melhorar esta abordagem, em benefício da prestação de “um serviço diferenciado ao cliente, inovador e com maior qualidade”. “Os sistemas de informação e gestão implementados produzem um conjunto de indicadores de negócio relevantes que não só apoiam as equipas na avaliação diária do seu negócio, como suportam tomadas de decisão para ações futuras, seja de investimentos em pessoas e equipamentos, comunicação e gestão da relação com o cliente, necessidades formativas da equipa, lançamento de novos serviços, entre outros”, revela. Em suma, existe uma preocupação em dotar as equipas de um conhecimento mais aprofundado da realidade da sua atividade, e das necessidades dos seus clientes.
As ferramentas cedidas pelo grupo passam também pela formação – beneficiada pelo conhecimento interno −, melhoria de equipamentos, meios de diagnóstico e infraestruturas. “Temos apostado na disseminação do conhecimento e da experiência dentro do grupo, tentando trazer de volta recursos que em tempos tivemos de ir procurar fora do nosso País, com vista a uma formação mais especializada.”
Myriam Gonçalves, médica veterinária de formação, confessa que a experiência na Mars lhe abriu os horizontes no campo da gestão, tendo uma perspetiva “abrangente e variada” das diversas áreas de negócio, o que a levou a “olhar de forma diferente para a veterinária, acrescentando aquilo que de bom se faz noutros setores”. Neste sentido, a responsável realça o foco da marca no colaborador e no seu compromisso em proporcionar-lhe as melhores condições de trabalho. Um dos valores que rege as decisões da AniCura passa pela premissa “together”: “acreditamos que juntos somos mais fortes e por essa razão apoiamos o trabalho em equipa e apostamos no intercâmbio e nas sinergias que daí podem advir”. “Tendo em vista esse fim, os nossos hospitais têm acesso a uma rede de conhecimento e recursos partilhados a nível europeu, com foco prioritário na melhoria da qualidade do atendimento médico-veterinário com o propósito de fornecer sempre os melhores e mais avançados cuidados de saúde.”
A formação surge assim como uma componente fundamental no dia-a-dia dos colaborares da Anicura que têm à sua disposição alguns projetos como, por exemplo, “o programa ACE (AniCura Continuous Education), que inclui formação disponibilizada a todos os funcionários, e o Graduate Program AniCura, dirigido a médicos veterinários recém-formados”. Este último, com dois anos de duração, “oferece uma experiência abrangente e uma transição prática entre o mundo universitário e o mercado de trabalho”, explica a responsável.
Além da formação, a investigação é outro pilar fundamental para a organização. Com esse objetivo, foi criado um fundo, o AniCura Research Fund, para a pesquisa clínica avançada. “Desde 2015, foram financiados mais de 60 projetos de investigação e mais de 25% desses projetos foram publicados em revistas científicas.”
A preocupação pelo desenvolvimento de qualidade é também prática comum do IVC Evidensia, que aposta grandemente em “recursos partilhados” e “na investigação e acesso a casos médicos”. Conta ainda com um “guarda-chuva empresarial de elevada reputação na indústria europeia”, nota Antonio Clemente.
A preocupação pelo desenvolvimento de qualidade é também prática comum do IVC Evidensia, que aposta grandemente em “recursos partilhados” e “na investigação e acesso a casos médicos”. Conta ainda com um “guarda-chuva empresarial de elevada reputação na indústria europeia”, nota Antonio Clemente, iberia country manager da IVC Evidensia
As principais dúvidas dos CAMV
Na perceção de Dilen Ratanji atualmente esta realidade é encarada de forma perfeitamente normal por parte da classe e a aproximação de grupos oriundos de Espanha, Suécia ou Reino Unido suscitou a curiosidade e vontade de saber mais. “Qual o valor que oferecem pelo seu negócio, que projeto têm para apresentar na área veterinária, qual o seu papel no seio da organização após a aquisição, qual a expectativa de progressão a nível clínico (formações, seminários, entre outros)” são algumas das questões levantadas por parte dos diretores clínicos dos CAMV. O diretor-geral da Vetbizz Consulting revela que tem tido muita procura por parte da classe no aconselhamento destas questões, se devem ou não vender o CAMV e de que forma se devem posicionar no mercado. Com a crescente entrada de novos grupos económicos, a abordagem dos diretores clínicos tem-se intensificado nos últimos tempos e a Vetbizz Consulting tem intermediado vários negócios. “Intermediámos e concluímos dois negócios e temos neste momento em curso mais cinco”, revela. Dilen Ratanji refere que a atuação da consultora “está do lado do cliente” e “contempla um acompanhamento efetivo desde o momento da negociação, passando pela fase do due diligence (auditoria após o acordo de intenções), até ao momento da conclusão do negócio”. “Esta tem sido uma enorme mais-valia para os proprietários dos CAMV, pois têm um parceiro que os ajuda a interpretar todas as fases do processo e também para os grupos económicos, uma vez que temos a mesma ‘linguagem’ no que respeita a questões de natureza financeira e fiscal e agilizamos a comunicação entre as partes envolvidas, incluindo interações constantes com os gabinetes de contabilidade dos CAMV, permitindo acelerar os processos.”
“Qual o valor que oferecem pelo seu negócio, que projeto têm para apresentar na área veterinária, qual o seu papel no seio da organização após a aquisição… São algumas das questões levantadas por parte dos diretores clínicos dos CAMV.” – diretor-geral da Vetbizz Consulting, Dilen Ratanji
Na perspetiva do managing director do Grupo Onevet / Unavets, numa fase inicial a classe viu com alguma “estranheza” a entrada de investidores financeiros no mercado da veterinária, mas atualmente, e na linha do que sucedeu no mercado da saúde humana, considera que estes pruridos foram sendo desmistificados e existe a clara perceção dos benefícios que os grupos podem acrescentar. “Estamos num mercado em franca evolução em que nos deparamos cada vez mais com um cliente conhecedor, exigente e disponível para prestar o melhor cuidado de saúde ao seu animal de companhia”, refere Guilherme Assis, acrescentando “a sofisticação dos fornecedores do setor, a entrada das seguradoras e o grau de competitividade do mercado” como fatores impulsionadores de uma maior pressão sobre a classe veterinária. Por outro lado, a falta de conhecimentos ao nível da gestão – pouco mencionada nas formações base – pode dificultar algumas tomadas de decisão inerentes à atividade. Na opinião de Guilherme Assis, este fator favorece “uma maior disponibilidade da classe veterinária em conhecer os diferentes projetos existentes e em que medida os mesmos podem contribuir para a evolução positiva da sua unidade, quer na prestação de um melhor serviço, quer na melhoria de resultados, e no alcance de uma maior qualidade de vida − um equilíbrio razoável entre a vida profissional e pessoal”.
O iberia country manager da IVC Evidensia elogia a receção do projeto entre os veterinários portugueses. “Os profissionais que aderiram à IVC Evidensia fizeram-no depois de avaliar as diferentes alternativas existentes, o que nos deixa orgulhosos. São equipas que se sentem satisfeitas por pertencerem à maior rede europeia, onde podem partilhar as suas preocupações e conhecimentos. Além disso, estamos empenhados nos seus cuidados, especialmente no período de integração.” O responsável ibérico da IVC Evidensia vai ainda mais longe e descreve as equipas veterinárias como as embaixadoras do grupo, na medida em que podem manifestar-se sobre a sua experiência enquanto parte integrante. “Os profissionais que aderiram estão a ajudar-nos no desenvolvimento do projeto em Portugal, bem como noutras iniciativa chave do grupo, tais como a nossa Academia, o ponto de encontro de conhecimentos para recém-licenciados veterinários e para profissionais experientes que querem continuar a crescer”, conclui.
Qual é o próximo passo?
O mercado veterinário português tem-se desenvolvido de forma considerável nos últimos anos e o nível de qualidade da medicina praticada em Portugal é assinalado pela responsável da AniCura em Portugal. Neste sentido, Myriam Gonçalves salienta que a empresa procurará “estar sempre na linha da frente no desenvolvimento da medicina veterinária no nosso País”, cumprindo a visão que os norteia: “Shaping the future of veterinary care, together”. “O nosso primeiro foco é dirigido aos nossos colaboradores, garantindo o melhor work environment possível, de forma que consigamos, todos juntos e em rede, garantir aos animais que acompanhamos e respetivos tutores, os melhores cuidados. Por outro lado, colaboramos de forma ativa com as clínicas que nos referenciam, para cumprir e superar as expectativas dos tutores e dos colegas, com o objetivo de melhorarmos, sempre, a saúde dos nossos animais. Todos os projetos planeados para o futuro próximo e a médio/longo prazo, estão alinhados com esta filosofia e valores”, adianta a responsável.
“O nosso primeiro foco é dirigido aos nossos colaboradores, garantindo o melhor work environment possível, de forma que consigamos, todos juntos e em rede, garantir aos animais que acompanhamos e respetivos tutores, os melhores cuidados.” – Myriam Gonçalves, regional manager da AniCura Portugal
Além do alargamento da rede de centros veterinários − em Portugal e Espanha −, o managing director do OneVet / Unavets, refere como principal plano de ação para o futuro o trabalho contínuo em projetos que vão ao encontro das necessidades dos clientes e que passam pela melhoria da qualidade do serviço prestado. Neste âmbito, o grupo tem procurado “desenvolver a sua base de recursos mais qualificados colaborando com médicos veterinários que seguiram uma via de especialização fora do País”. Esta aposta visa alicerçar “a formação interna, que possibilitará manter contacto direto com os médicos veterinários especializados e com maior experiência, através de estâncias nos hospitais do grupo em Portugal e Espanha, desenvolvendo desta forma as competências internas utilizando as mais diversas valências dentro do grupo”.
Em jeito de balanço, o responsável ibérico pelo IVC Evidensia, destaca a estratégia para os próximos anos, que passa por “consolidar os centros, apoiá-los e ajudá-los a crescer, estabelecer a academia como um elemento diferencial no desenvolvimento dos profissionais e introduzir os líderes veterinários portugueses do grupo no Conselho Veterinário Ibérico, que por sua vez está ligado ao Conselho Veterinário do Grupo na Europa”.
*Artigo publicado originalmente na edição n.º 154 da revista VETERINÁRIA ATUAL, de novembro de 2021.