Um estudo da Universidade McGill, no Canadá, revelou que algumas espécies de pássaros são mais inovadoras na recolha de alimentos que outras face a possuírem cérebros maiores, mas também por possuírem um número maior de neurónios em áreas específicas do seu cérebro.
Segundo explicado em comunicado, os investigadores utilizaram uma nova técnica para estimar o número de neurónios no pallium (zona equivalente ao córtex cerebral humano, que está envolvido na memória) em 111 espécies de aves.
As estimativas foram combinadas com informações sobre mais de quatro mil novas técnicas de procura de alimentação por estes animais, sendo que a equipa descobriu que as espécies com maior número de neurónios no palium também eram provavelmente as mais inovadoras nesse aspeto.
“A quantidade de tempo que os seus cérebros se desenvolvem pode também desempenhar um papel crucial na evolução da inteligência”, diz o professor emérito da Universidade McGill, Louis Lefebvre, que passou mais de 20 anos a recolher exemplos de inovações na recolha de alimentos. “Espécies maiores de corvos e papagaios, que são conhecidas pela sua inteligência, passam mais tempo no ninho, o que permite que o cérebro cresça e acumule neurónios.”
O estudo “Neuron numbers link innovativeness with both absolute and relative brain size in birds” foi publicado na revista científica Nature Ecology and Evolution