O Dog Aging Project, projeto fundado em 2018 por um geneticista da Universidade de Princeton (EUA), quer aprofundar o conhecimento sobre o “envelhecimento normal” dos cães. Em comunicado, a universidade explica que é geralmente aceite que os “dog years” sejam aproximadamente sete vezes os dos humanos, mas que os especialistas da universidade consideram ser muito mais complicado.
Os cães de porte maior tendem a envelhecer mais rápido – talvez dez vezes mais rápido do que os humanos – enquanto as raças pequenas podem viver até aos 20 anos, com “dog years” cerca de cinco vezes superior aos dos humanos.
O Dog Aging Project está a desenvolver uma base de dados de código aberto, com detalhes de cães de todos os portes, raças e origens, de forma a permitir avaliar como um cão específico está a envelhecer e ser a base para uma investigação mais aprofundada sobre o envelhecimento saudável.
Num artigo publicado na revista científica Nature, os investigadores revelam que uma das vias de investigação vai passar pela análise do ADN de cães que possuem uma idade “excecional”.
“Estamos a sequenciar os genomas de 10 mil cães”, disse o membro da equipa de investigação, Joshua Akey. “Este será um dos maiores conjuntos de dados genéticos alguma vez produzidos para cães, e será um recurso poderoso não só para entender o papel da genética no envelhecimento, mas também para responder a questões mais fundamentais sobre a história evolutiva e domesticação dos cães”, concluiu.
O projeto espera funcionar durante pelo menos 10 anos. Até à data, mais de 32 mil cães estão já envolvidos na investigação. Dentro de poucos meses, a equipa planeia abrir o seu conjunto de dados – totalmente anonimizado – para partilhar com cientistas de todo o mundo