O Departamento de Agricultura, Pecuária e Ambiente de Aragão, Espanha, ordenou o abate de 92 700 visons de uma exploração agrícola de La Puebla de Valverde, em Teruel. A notícia foi avançada pela publicação Animal’s Health, que refere que a ordem surge depois de terem sido realizadas várias rondas de testes. Na última amostra, 86,67% dos animais testaram positivo para o novo coronavírus.
A Direção-Geral de Qualidade Alimentar e Saúde espanhola procedeu à imobilização da exploração agrícola a 22 de maio, quando sete dos seus trabalhadores testaram positivo para a covid-19.
Desde então, os animais têm sido vigiados e nenhum foi autorizado a entrar ou sair da quinta. Posteriormente, verificou-se que a empresa cumpria todos os requisitos de saúde animal e foram comunicadas as medidas de biossegurança a serem seguidas.
Os primeiros testes foram realizados a 28 de maio, tendo sido recolhida uma amostra aleatória de sete animais, que foi submetida a um teste RT-PCR no Laboratório Nacional de Referência do Ministério para o Diagnóstico de Doenças em Animais, localizado em Algete, Madrid. Os resultados foram conhecidos a 3 de junho e eram negativos.
A 8 de junho, foi realizada uma segunda ronda de testes, recolhendo 20 amostras de soro e esfregaços orofaríngeos, retais e exsudados de órgãos internos, tendo apresentado um resultado inconclusivo para o vírus SARS-CoV-2.
A 22 de junho, foi realizada uma terceira ronda de estes, a uma amostra aleatória de 30 espécimes. Os resultados confirmaram cinco casos positivos, o que equivalia a 16% da amostra selecionada.
Perante estes resultados, o Departamento de Agricultura ordenou uma quarta ronda de testes, na qual foram recolhidas amostras de 90 espécimes. Os testes foram realizados a 7 de julho e os resultados foram anunciados a 13 de julho. Foram detetados 78 casos positivos, o que representa 86,67% da amostra.
Na sequência destes resultados, o Governo de Aragão estabeleceu como medida preventiva o abate dos 92 700 visons da exploração. Contudo, até ao momento, não foi detetado qualquer comportamento anormal nos animais nem se verificou um aumento da sua mortalidade.
A ordem de abate será executada diretamente pelo próprio Departamento de Agricultura, com o apoio da empresa pública SARGA, e serão tomadas todas as medidas de biossegurança necessárias.