Os animais comunicam entre si através, principalmente, da comunicação visual (posturas corporais e expressões faciais) e da comunicação auditiva (vocalizações como latidos) e da olfativa. Numa coluna para o jornal El País, a responsável pelo serviço de etnologia da Faculdade de Veterinária da Universidade Autónoma de Barcelona, Marta Amat Grau, explica em detalhe como se processa esta comunicação.
No caso dos cães, a prioridade é a comunicação visual, acompanhada de vocalizações. Por exemplo, utilizam uma linguagem ritualizada composta por postura ofensiva (corpo vertical, membros estendidos, cauda para cima, orelhas para cima) e postura defensiva (oposta à anterior). Tudo isto pode ser acompanhado por vocalizações e expressões faciais.
Apesar de a comunicação olfativa também ser importante nos cães, é a primazia nos gatos. Através do olfato, o gato evita encontros diretos com outros animais, deixando sinais com as unhas e até com urina.
O único problema de compreensão pode ocorrer durante o período de desenvolvimento que é chamado de socialização, e que no caso dos cães é de três semanas de vida a três meses, e se eles não tiveram contacto com outros cães. Durante este período têm de estar com outros indivíduos da sua espécie, têm de viver com eles. Se isso não acontecer, pode não aprender a linguagem.
Nos restantes animais, a comunicação é semelhante, sendo que cada uma dá prioridade a um tipo de linguagem ao contrário de outra, mas comunicam.
“Em geral, em todas as espécies sociais a linguagem visual é mais importante: posturas, expressões faciais e vocalizações. E para as espécies menos sociais, a comunicação olfativa é geralmente mais importante”, conclui.