A terapia química do clique, que ganhou um Prémio Nobel da Química este ano, pode ajudar a tratar cães com osteossarcoma, revelou uma investigação da Universidade do Missouri, nos EUA. De acordo com o Portal Veterinária, esta terapia é um processo pelo qual as moléculas se juntam como tijolos de Lego, tornando-os mais eficazes na entrega de fármacos para tratar tumores.
O autor do estudo Jeffrey Bryan explica que “se o objetivo é atacar um tumor utilizando o sistema imunitário, um anticorpo é uma forma extremamente específica de entregar um medicamento ou uma carga radioativa ao tumor, mas o problema com os anticorpos é que são moléculas enormes que circulam na corrente sanguínea durante dias ou mesmo semanas”.
“Se um fármaco ou molécula radioativa for colocada no anticorpo, a radioatividade circula através da corrente sanguínea por muito tempo e pode espalhar-se e impactar negativamente os órgãos, a medula óssea e o fígado, sem que o tumor receba tanta dose quanto pretendido”, nota.
A química do clique pretende maximizar a chegada do fármaco ao tumor e minimizar a sua circulação através da corrente sanguínea e, portanto, efeitos secundários nocivos. Nesta investigação, os cientistas realizaram um estudo de “prova de conceito” no qual usaram o método de entregar doses de radiofármacos para tratar tumores em cinco cães com mais de 45 kg.