A cirurgiã veterinária norte-americana Kendra Freeman apresentou um caso de estudo sobre a cirurgia corretiva em cães braquicefálicos, no portal Veterinarypraticenews. Kendra Freeman nota que a cirurgia pode aumentar o conforto do paciente, diminuir o esforço de respiração e potencialmente evitar crises futuras respiratórias.
“A realização destes procedimentos antes da presença de alterações crónicas permanentes, utilizando a técnica cirúrgica adequada e a atenção cuidadosa à gestão peri-anestésica maximizará os resultados do paciente”, explica ainda.
Numa emergência, de forma a estabilizar o paciente, a profissional recomenda um tratamento consistente de suporte ao oxigênio combinado com sedativos como o butorfanol ou a acepromazina.
“Os anti-inflamatórios podem ser úteis para diminuir o inchaço dos tecidos moles, mas devem ser usados com cuidado, uma vez que a hipertermia pode levar a perturbações gastrointestinais. Em casos graves, o inchaço das vias respiratórias superiores pode ocorrer levando a uma obstrução”, refere a cirurgiã veterinária.
Relativamente à cirurgia, os componentes da síndrome respiratória do braquicéfalo (BOAS – brachycephalic obstructive airway syndrome) mais tratados cirurgicamente são as narinas estenóticas e o prolongamento do palato mole. Entre as várias técnicas, Kendra Freeman destaca o laser de dióxido de carbono.
As vantagens elencadas no caso da cirurgia com laser nas narinas são o tempo de cirurgia reduzido, não ser necessário colocar suturas e a diminuição do sangramento. “Tenha em mente que um pequeno aumento no diâmetro pode ter uma diminuição significativa da resistência das vias respiratórias.”
Relativamente ao palato mole, “aparar o palato mole pode ser completado com dissecação aguda e fecho primário com sutura absorvível ou com um laser cirúrgico”. Uma potencial complicação após a cirurgia é o inchaço, possivelmente causando uma obstrução das vias respiratórias superiores.