Cientistas da Universidade de New South Wales (UNSW), na Austrália, entre outros institutos, sequenciaram o genoma de um pastor alemão saudável com o objetivo de determinar se estes cães são suscetíveis ao desenvolvimento de displasia da anca ou outras doenças.
O estudo foi efetuado a partir de uma amostra de sangue de Nala, um pastor alemão com cinco anos e sem doenças genéticas, e foi publicado na revista GigaScience.
“Um dos problemas de saúde mais comuns que afetam os pastores alemães é a displasia canina da anca, uma condição dolorosa que pode restringir a sua mobilidade”, explicou Bill Ballard, um dos autores do estudo e biólogo evolutivo da UNSW, citado pela publicação MRCVS online.
“Uma vez que os pastores alemães são tão bons ‘cães de trabalho’, tem sido gasto muito dinheiro a investigar as causas e os possíveis indicadores deste problema. Quando cães de trabalho — como os treinados para trabalhar com a polícia ou para ajudar pessoas com deficiência — acabam por ter displasia da anca, foi muito tempo e dinheiro perdido para o treino daquele cão”, acrescenta.
O autor do estudo explica ainda que, depois da sequenciação do genoma, é possível determinar se o cão irá desenvolver a condição, “permitindo desenvolver um programa de criação para reduzir a displasia da anca nas gerações futuras”.