Os deputados do CDS recomendam ao Governo que reverta a decisão de desmantelamento da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), mantendo este organismo e todas as suas funções sob a tutela do Ministério da Agricultura.
No projeto de resolução entregue esta semana na Assembleia da República, o CDS recomenda ainda ao Governo que “reforce a DGAV com os meios necessários para a criação de uma secção especializada em saúde pública e bem-estar animal, direcionada a animais de companhia, e também que tome […] todas as medidas necessárias ao reforço de verbas e recursos humanos e técnicos da DGAV, de modo a que este organismo possa continuar […] a exercer todas as funções que lhe foram atribuídas com a qualidade, competência e profissionalismo que sempre manteve e o caracterizam”.
Em comunicado enviado às redações, o CDS refere que, “desde a sua criação, […] a DGAV tem cabalmente exercido as funções que lhe foram atribuídas, mesmo quando lhe faltaram, e faltam, verbas e recursos humanos. Por isso, o partido “não pode compactuar com a campanha difamatória de que a DGAV tem sido vítima após o incêndio que, em julho de 2020, vitimou vários animais num canil, alegadamente ilegal, em Santo Tirso”.
A declaração do CDS surge na sequência da apresentação, esta segunda-feira, do Orçamento de Estado para 2021, cuja votação na generalidade decorrerá a 28 de outubro e que prevê um aumento de verbas a serem aplicadas no reforço do bem-estar animal, bem como a criação jurídica da figura do provedor do animal.
De acordo com o partido, “o eventual desmantelamento da DGAV, retirando-lhe a tutela dos animais de companhia, despreza não só todo o conhecimento científico cimentado ao longo dos últimos anos, mas também todo o excelente trabalho desenvolvido até aqui no âmbito dos cuidados com animais de companhia, que só pode ser cabalmente garantido quando feito de forma integrada, por equipas multidisciplinares, e não de forma parcelar como parece ser intenção do Governo”.