A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) registou 2 281 eutanásias de animais nos canis em 2020, uma redução de 368 face a 2019. O número representa uma diminuição contínua dos números, que começaram a diminuir de 2018 para 2019 devido à proibição da morte de animais errantes para controlo da população. Nesse ano, a DGAV tinha registado menos 3 701 animais abatidos, avança o Observador.
O presidente da Associação Nacional dos Médicos Veterinários dos Municípios; Ricardo Lobo, explicou, em declarações ao Jornal de Notícias, que não será expetável que o número anual de animais eutanasiados venha a ser ainda mais reduzido, face à legislação já estar em vigor. O responsável prevê uma “estabilização nos próximos anos”, de cerca de dois mil abates/ano.
Por sua vez, àquele jornal, o bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários, Jorge Cid, garantiu que atualmente “nenhum centro de recolha oficial abate um animal por excesso de população”.
Ainda de acordo com o relatório da DGAV, Torres Vedras, onde ao longo do ano passado foram abatidos 204 animais, e Marco de Canaveses, onde aconteceu o mesmo a outros 122, são os municípios que mais abatem.
O Norte, com 829 abates, foi a região que mais eutanásias animais registou — sendo que também contabilizou o maior valor nos animais adotados, recolhidos e vacinados. Já Lisboa foi onde mais animais foram adotados, 1 488 no total.
Recorde-se que a legislação afirma que os animais só podem ser eutanasiados em “casos comprovados de doença manifestamente incurável e quando se demonstre ser a via única e indispensável para eliminar a dor e o sofrimento irrecuperável do animal”.