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Animais de companhia

Tutores e veterinários divergem de opinião quanto a cuidados a cães geriátricos

Tutores e veterinários divergem de opinião quanto a cuidados a cães geriátricos iStock

Uma equipa de investigadores da Universidade de Liverpool analisou a desconexão entre veterinários e tutores relativamente a áreas-chave da saúde preventiva dos animais de companhia geriátricos, nomeadamente cães.

A investigação, no site da Frontiers UK, concluiu que os veterinários e tutores discordaram sobre quantas vezes um cão mais velho deve visitar o consultório, assim como divergiram em questões relacionadas com vacinação e sinais clínicos que indicam a necessidade iminente de cuidados veterinários.

 

De entre uma lista de 48 sinais clínicos, os tutores foram questionados se haviam notado algum nos seus cães mais idosos e o quão urgente sentiam que deviam procurar atendimento veterinário em função deles.

A lentidão nos passeios foi o sinal clínico mais apontados, tendo sido indicado por 57% dos tutores e mais frequente em cães de 9 a 13 anos de idade. Também o levantar com pouca fluidez e rapidez foi um sinal identificado por metade dos tutores que participaram no estudo.

 

A análise demonstrou ainda que a maioria dos veterinários afirmou ser “moderado a extremamente importante que os tutores de cães idosos procurem aconselhamento veterinário para todos os 15 sinais clínicos mais comuns”.

No entanto, também concluiu que, em contraste, existiam sinais clínicos específicos que levariam menos de 70% dos tutores a procurar atendimento veterinário no espaço de uma semana”, o que incluía mau hálito e tártaro, problemas musculoesqueléticos e “dormir a maior parte do tempo”.

 

No que diz respeito à frequência de visitas veterinárias, os investigadores avançaram que a maioria dos tutores acredita que cães mais velhos só devem consultar o veterinário uma vez por ano, em comparação com as recomendações dos profissionais veterinários de existir uma visita a cada seis meses.

“Embora a maioria dos tutores confie no seu veterinário para fornecer os cuidados necessários ao seu cão, se o tutor não perceber que existe um problema, pode optar por não levar o cão a um consultório veterinário”, esclarecem os cientistas investigadores.

 

Neste sentido, os autores do artigo referem que os “tutores e os profissionais veterinários divergem no que toca a opiniões sobre a necessidade de cuidados veterinários para cães idosos. Os proprietários atribuem regularmente sinais clínicos em cães geriátricos ao envelhecimento normal e, portanto, não os mencionam ao seu veterinário”.

A coautora do estudo, Carri Westgarth, afirmou que “as diferenças de opinião destacadas pela nossa investigação sugerem que novas iniciativas educacionais e uma comunicação mais eficaz são necessárias para estes casos”.

Os investigadores entrevistaram mais de 600 tutores de cães e mais de 300 profissionais veterinários em todo o Reino Unido.

 

 

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