Um estudante de medicina veterinária que foi picado por uma cobra da espécie naja, no Distrito Federal, no Brasil, apresentou melhorias no seu quadro de saúde. O homem de 22 anos estava internado desde o dia 7 de julho.
Pedro Henrique Krambeck já esteve em coma, tendo recebido soro antiofídico, mas atualmente o quadro é favorável. Prevê-se que o jovem tenha alta nos próximos dias, segundo avança a publicação G1.
O jovem foi picado por uma naja, cujo veneno é neurotóxico e afeta a área neurológica do organismo. A cobra tem origem em regiões como África e Ásia e, por norma, as suas picadas são fatais.
O centro de pesquisa biológica Instituto Butantan, de São Paulo, disponibilizou um soro antiveneno para o tratamento do estudante, tendo posteriormente informado que não produz soro antiofídico para acidentes com estas cobras, por se tratar de uma espécie exótica que não pertence à fauna brasileira.
“A instituição apenas mantém um pequeno stock na unidade hospitalar de atendimento para eventual acidente com investigadores que realizam estudos com o animal na instituição […]. Doses desta reserva foram enviadas para Brasília atendendo a uma solicitação de caráter emergencial”, explicou o Instituto Butantan, citado pela publicação G1.
Consequências para o estudante por crime ambiental
Pedro Krambeck é suspeito de criação e reprodução de serpentes num esquema de tráfico de animais silvestres, pelo que será multado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente.
Depois de ser mordido, a cobra foi abandonada perto de um centro comercial e encontra-se desde então aos cuidados do Jardim Zoológico de Brasília.
A investigação em curso, por parte da Polícia Civil, aponta ainda que o estudante teria em sua posse outras 16 serpentes, a maioria sem qualquer registo.
A criação de cobras venenosas é crime no Brasil, constituindo um crime ambiental.