Quantcast
Investigação

Besnoitiose identificada pela primeira vez em burros no Reino Unido

Besnoitiose identificada pela primeira vez em burros no Reino Unido

A besnoitiose equina, uma doença crónica e debilitante, foi identificada pela primeira vez em 20 burros do Santuário do Burro, no Reino Unido, entre o período de 2013-2019. A descoberta foi anunciada no artigoFirst record of besnoitiosis caused by Besnoitia bennetti in donkeys from the UK, publicado na revista Parasites &Vectors, no dia 3 de junho.

A doença rara ocorre em cavalos, burros, mulas e zebras, e os burros com esta condição desenvolvem múltiplos quistos na pele, nas narinas, orelhas e rosto.

 

Uma característica única da besnoitiose é o desenvolvimento de pequenos quistos na superfície do olho. Alguns animais infetados mantém-se saudáveis, enquanto outros perdem peso e ficam debilitados. Até há pouco tempo, a besnoitiose era uma doença rara na maioria dos países, incluindo EUA, Espanha, Bélgica e Itália.

A doença foi identificada pela primeira vez no Reino Unido em 2013, quando um burro do Santuário apresentou nódulos na pele que se supunha que fossem tumores sarcóides. A análise do tecido cutâneo afetado revelou a presença de quistos semelhantes aos causados pelo parasita besnoitiose bennetti, bem como a descoberta de alterações nos tecidos associadas a um sarcóide.

 

A descoberta desencadeou uma colaboração entre veterinários do Santuário e um parasitologista veterinário da Universidade de Nottingham e, desde então, foram identificados e estudados mais de 20 casos clínicos.

“As nossas descobertas informarão os veterinários britânicos do potencial desta doença emergente, para que possam reconhecer melhor o padrão dos sinais clínicos durante o exame clínico”, explicou Rebekah Sullivan, coautora do relatório e veterinária do Santuário do Burro, citada pela MRCVS Online.

 

“Os conhecimentos obtidos neste estudo devem melhorar a nossa resposta a esta doença parasitária emergente nos burros no Reino Unido, especialmente com as poucas opções de tratamento e vias de transmissão desconhecidas”, refere a autora principal, Hany Elsheikha, da Universidade de Nottingham.

Este site oferece conteúdo especializado. É profissional de saúde animal?