A osteoartrite canina (OA) é uma doença que tem vindo a ganhar importância nas clínicas veterinárias de pequenos animais. Até 50% dos cães sofrem desta doença sem que os seus tutores se apercebam. A OA é uma doença crónica e irreversível que não se pode prevenir e não tem cura. Assim, o diagnóstico e a intervenção terapêutica precoces são fundamentais para minimizar o impacto da doença na qualidade de vida dos cães.
A deteção precoce da doença e a consciencialização dos tutores são fundamentais
O diagnóstico precoce da doença é fundamental para que a evolução seja o mais lenta possível e se possa proporcionar ao animal, qualidade de vida. É necessário fazer um diagnóstico precoce correto em todas as patologias articulares. Sabendo que um animal sofre de osteoartrite, o desenvolvimento da doença pode ser bastante modificado fenotipicamente, com dieta e exercício. O médico veterinário faz parte da solução na tarefa de divulgação da doença com o objetivo de consciencializar e implicar os tutores na sua deteção precoce e na continuidade do tratamento.
A Elanco Animal Health desenvolve iniciativas para dar a conhecer a osteoartrite
“A prioridade da Elanco é ajudar a controlar a dor que os cães com osteoartrite sofrem silenciosamente. Com este objetivo levamos a cabo iniciativas dirigidas a tutores e médicos veterinários. Queremos ajudar os tutores a detetar possíveis alterações e aos médicos veterinários a gerir a doença desde as fases iniciais” destaca Amanda André, médica veterinária e Brand Manager da Elanco, para Espanha e Portugal.
Entre as iniciativas desenvolvidas pela Elanco, destacam-se:
- Promoção do ““Manifesto para a melhoria no tratamento da dor articular em animais de companhia em todas as etapas da sua vida” para sensibilização sobre esta doença.
- Divulgação da página web “caessemoa”, a primeira monografia sobre osteoartrite canina, dirigida a proprietários com informação útil e simples para que detetem possíveis alterações e recorram rapidamente ao médico veterinário.
- Lançamento de “Oh, my OA! Os 8 mitos sobre a osteoartrite canina”, uma mini série focada na formação dos médicos veterinários sobre osteoartrite canina através da desmistificação dos falsos mitos em torno da doença. A mini série consta de 8 capítulos com uma duração aproximada entre 4 e 7 minutos cada um, e já ultrapassaram as 8.000 visualizações. Esta iniciativa pioneira, rompe com todos os formatos até agora vistos na formação no setor da saúde animal e visa ajudar os médicos veterinários a melhorar a sua abordagem no diagnóstico e na terapêutica da doença após assistirem à série, lançando rapidamente orientações e ferramentas que têm um impacto direto no benefício da saúde dos cães afetados. Para produzir a mini série, a Elanco contou com a participação de 7 especialistas em diferentes áreas como a traumatologia, anestesiologia, medicina interna ou reabilitação que contribuíram com a sua experiência e o seu ponto de vista sobre como tratar a doença, bem como as indicações concretas da terapêutica mais recomendada.
Duas grandes estreias de lançamento de “Oh, my OA” com a presença de médicos veterinários portugueses e espanhóis
As apresentações tiveram lugar na sala ESklandestino de Barcelona e no teatro Capitol de Madrid nos dias 9 e 16 de novembro respetivamente, e com a presença de médicos veterinários de Portugal e de Espanha. A originalidade do formato e os espaços escolhidos para a ocasião, contribuíram para criar uma experiência impressionante, divertida, dinâmica e participativa em torno de ambos os eventos. Durante as estreias, a mini série completa foi exibida e, em seguida foi realizado um debate aberto com a intervenção do público presente e dos especialistas que participam na mini série: Miguel Ángel Cabezas, Gemma del Pueyo, Carlos Macías, Diego Novoa, Margot Ruiz, Pedro Sousa e Xavier Roura.
Dois debates em que foram abordados os aspetos importantes da doença
Todos os especialistas concordaram que não existe um único tratamento ideal para a OA, a abordagem deve ser multimodal. Segundo Carlos Macías, formado no Reino Unido em ortopedia, “Na terapia multimodal, o tratamento farmacológico deve ser combinado em simultâneo com outros procedimentos como o controlo de peso, fisioterapia, exercícios e terapia de reabilitação”. Em relação ao regime farmacológico, enfatizou que “Se não houver qualquer efeito secundário, não há razão para se considerar a retirada da medicação de suporte a um paciente com OA”
Na terapia multimodal, na qual o seguimento do paciente é fundamental, destacou-se o papel desempenhado pela reabilitação, pelo planeamento dos exercícios e pela dieta de crescimento nas fases iniciais. Neste sentido, Gemma del Pueyo, formadas nos Estados Unidos da América em fisioterapia e reabilitação, salientou que “havendo um diagnóstico precoce, nas fases iniciais podem ser utilizadas técnicas de fisioterapia que levam o animal a estar controlado e com uma vida de qualidade. Assim como também assegurou Diego Novoa, traumatologista e especialista em ortopedia, “Os próprios médicos veterinários são os que sabem que a osteoartrite é secundária nos cães, pelo que temos que lhe dar importância e explicar aos tutores que se trata de uma doença silenciosa que provoca dor”
O controlo da dor e o controlo da inflamação são dois aspetos fundamentais para o controlo a longo prazo da OA. Neste sentido, Xavier Roura, afirmou que “Controlar a dor e a inflamação, é essencial no tratamento da OA. Atualmente, o único fármaco que controla ambos os fatores, com uma percentagem aceitável de efeitos secundários, são os anti-inflamatórios não esteroides”.
Por seu lado, Miguel Ángel Cabezas, residente europeu em anestesia e analgesia, enfatizou que “É importante que o cão tenha massa muscular, porque se a dor for eliminada abruptamente melhorando apenas a sintomatologia, corre-se o risco do paciente ter uma rotura por não poder estabilizar a articulação ao correr, por exemplo”. De acordo com Margot Ruíz, especialista em traumatologia e ortopedia, “COAST e LOAD, são métodos muito objetivos como padrão de reavaliação”.
Sobre o papel da cirurgia na abordagem da osteoartrite, Carlos Macías declarou: “Não devemos forçar um diagnóstico preventivo para forçar cirurgias preventivas, mas sim forçar um diagnóstico precoce para modular e tratar esse paciente globalmente com um tratamento individualizado” “O fenómeno que ocorre dentro dessa articulação, é muito mais complexo que a solução cirúrgica que lhe damos”. Por seu lado Pedro Sousa, anestesista e especialista no maneio da dor, insistiu que “Quando se opera o joelho a um cão, é extremamente importante informar o tutor acerca da osteoartrite e do ciclo da dor, porque a doença desenvolver-se-á”. Neste sentido, Diego Novoa explica que “Existe uma parte biomecânica na evolução da osteoartrite e uma parte bioquímica no processo inflamatório, esta última mais complexa de controlar”
Segundo Amanda André, Brand Manager Pet Health Iberia e responsável pelo projeto: “Os debates foram muito variados e enriquecedores. Foram abordados todos os aspetos importantes da doença e houve muita participação dos assistentes que mostraram grande interesse na OA”
Após o encerramento dos debates, os assistentes assinaram o Manifesto pela melhoria no tratamento da OA em todas as etapas da vida do animal.
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Os médicos veterinários interessados em ver os debates completos e os 8 episódios da mini série, podem aceder através deste código QR:
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